Enquanto vários partidos políticos libaneses esperam pela decisão do Conselho Constitucional sobre a extensão de 17 meses para as eleições parlamentares, embaixadores ocidentais estão pressionando pela realização das eleições o mais breve possível, num esforço por punir o partido de resistência islâmica Hezbolá pelo seu apoio direto ao governo da Síria.
Os resultados de uma pesquisa no Líbano demonstram que a maioria dos cidadãos do país árabe consideram que é justificável a participação do Hezbolá na guerra que os terroristas e mercenários lançaram contra o a nação síria.
O embaixador iraniano no Líbano Qazanfar Roknabadi deu declarações nesta sexta-feira (31) em Beirute, capital libanesa, à emissora da Arábia Saudita Al-Arabiya, tratando da crise na vizinha Síria. Além disso, falou do importante papel do Irã para a unidade islâmica, abordando a instrumentalização deste tema por grupos rebeldes armados que espalham a violência.
Nesta segunda-feira (27) à noite, homens armados assassinaram três soldados libaneses na entrada leste de Arsal, localidade próxima à fronteira com a Síria e onde atuam grupos armados que se estabeleceram no país vizinho, qualificados de “terroristas” pelo governo libanês. “Nada pode mitigar a disposição do Líbano a defender a sua soberania”, assegurou o primeiro-ministro libanês, Najib Miqati, sobre os mais recentes ataques no país, que foi atingido nesta terça-feira (28) por dois foguetes.
O presidente do parlamento unicameral libanês, Nabih Berri, condenou nesta segunda-feira (27) o ataque com mísseis contra o subúrbio sul da capital, Beirute, e advertiu que faz o Líbano entrar em uma "fase perigosa".
O desastre da ocupação palestina (1948) não se transformou em desastre e miséria somente para a Palestina, mas atingiu também todos os árabes, assinalou neste sábado Seyed Hasan Nasralá, secretário geral do Movimento de Resistência Islâmica do Líbano, Hezbolá.
Cinco foguetes foram disparados neste sábado (11) contra o Líbano, desde o território da Síria, de acordo com um correspondente da emissora libanesa Al-Manar. Os foguetes atingiram áreas abertas da região nortenha de Hermel. Não foram registradas vítimas fatais. A emissora informou que não ser a primeira vez que os membros das milícias atuantes na Síria atacam as fronteiras libanesas, numa tentativa de desestabilizar a região.
O presidente do partido Congresso Popular Libanês e membro do parlamento Kamal Chatila advertiu sobre um possível ataque de Israel contra o Líbano, nesta quinta-feira (2), e disse que o regime de Tel-Aviv aproveita-se da situação de instabilidade nos países árabes, especialmente na Síria, para recuperar-se do fracasso durante a guerra de 2006.
O secretário-geral do partido de resistência islâmica do Líbano Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou em um discurso televisivo transmitido nesta quarta-feira (1º/4) que o partido “está ajudando a Síria”. O discurso foi feito poucos dias depois de Nasrallah ter encontrado o ministro-adjunto de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov. O líder também falou da postura agressiva de Israel na região.
O embaixador do Irã no Líbano, Gazanfar Roknabadi, reiterou nesta sexta-feira (19) o apoio de Teerã à frente de resistência anti-israelense e à unidade do povo libanês.
Consultas de última hora estão em curso nesta sexta-feira (5) no Líbano, para a designação de um primeiro-ministro interino, que organizará as próximas eleições legislativas. A candidatura central será a do deputado Tamman Salam, um muçulmano sunita da Coalizão 14 de Março.
O Líbano passa por graves pressões regionais e internas, com um processo político vulnerável e debates sobre a postura a tomar com relação à vizinha Síria ainda em balanço. A política atual de distanciamento, tanto por respeito à soberania síria quanto (e principalmente) por salvaguardar alguma estabilidade política interna continua como a pauta principal.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho