Em resposta a uma matéria da Rede Globo, o Consulado libanês divulgou uma carta de repúdio à abordagem da questão de gênero no Oriente Médio, sobretudo no Líbano. “A reportagem, além de atribuir a responsabilidade da violência à religião, coloca os homens libaneses num patamar de ignorância, de crueldade e de impunidade. Aquilo que é exceção e condenável em qualquer sociedade transformou-se, durante a apresentação da reportagem, numa verdade absoluta e generalizada.” Leia a carta a seguir.
O secretário-geral do Hezbolá, Sayyed Hasan Nasrallah, disse que as eleições presidenciais na Síria anunciam o fracasso da guerra internacional movida contra aquele país e confirmam que a intermediação do presidente Bashar al-Assad é indispensável para que se alcance qualquer solução política duradoura.
O impasse político no Líbano, após o fim do mandato presidencial de Michel Suleiman, foi classificado pelo secretário de Estado dos EUA John Kerry como “profundamente perturbador”, nesta quarta-feira (4). Como a história mostra que tudo o que “perturba” os Estados Unidos está na mira da sua política externa militarista e intervencionista, a atenção também se volta à realização de eleições na vizinha Síria, a contragosto da agenda norte-americana.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu uma declaração, na quinta-feira (29), expressando “frustração e preocupação” com a falta de eleições presidenciais no Líbano dentro do período constitucional e pediu ao parlamento libanês que se esforce para realizá-las sem mais atrasos. O mandato do atual presidente Michel Suleiman terminou no domingo (25) sem que o parlamento, dividido, chegasse a um consenso sobre um novo candidato.
O partido e movimento libanês de resistência Hezbolá afirmou que continua combatendo os paramilitares e extremistas armados na Síria, que atuam com apoio estrangeiro, mas enfatizou que isso não afeta a sua "prontidão para confrontar" o regime israelense. Na quinta-feira (22), o vice-secretário-geral do movimento, xeique Naim Qassem, descreveu Israel como o "principal inimigo" e disse que a resistência armada tem se mostrado a forma correta de enfrentá-lo.
O vice-secretário-geral do partido libanês Hezbolá, xeique Naim Qassem, rechaçou a possibilidade de extensão do mandato do presidente do Líbano, Michel Suleiman, e descreveu os rumores sobre o tema como “esperanças impraticáveis.” Em declarações publicadas pelo diário Al-Akhbar, nesta terça-feira (13), Qassam disse que estas propostas de extensão do mandato de Suleiman “estão no passado”.
Said Hassan Nasrallah, secretário-geral do partido libanês Hezbolá, à frente da resistência anti-imperialista na região, disse que o governo sírio já não corre o risco de ser derrubado. Para Nasrallah, o mundo busca uma solução diplomática para a crise na Síria, embora denúncias do respaldo estrangeiro aos paramilitares que combatem as tropas do governo ainda sejam relatadas.
Os chanceleres dos países árabes expressaram seu apoio ao direito do Líbano a reagir contra a agressão israelense e para a libertação dos seus territórios ocupados pelo regime vizinho. Os ministros de Relações Exteriores de 21 Estados árabes e norte-africanos emitiram um comunicado conjunto nesta segunda-feira (10), após uma reunião na capital egípcia, Cairo.
Tem início nesta quarta-feira (5), em Paris, a reunião do Grupo Internacional de Apoio ao Líbano, pouco depois da formação de um governo provisório – com composição considerada precária, por uns, ou a saída possível, atualmente, por outros – após 11 meses de estagnação da reestruturação governamental. A intensificação da violência, com atentados cada vez mais frequentes perpetrados por grupos armados que atuam também na Síria e a unidade nacional libanesa estão sobre a mesa.
O ataque da Força Aérea Israelense contra um posto do partido de resistência islâmica Hezbolá no sul do Líbano, próximo à fronteira com a Síria, foi um teste para a possibilidade de alterar as regras do jogo, escreve Yahya Dbouk, para o portal libanês Al-Akhbar, nesta sexta-feira (28). A resposta no comunicado do Hezbolá consistia em uma advertência incisiva contra a tentativa israelense de forjar um pretexto para a guerra.
A Força Aérea israelense lançou de dois a quatro ataques aéreos na fronteira entre a Síria e o Líbano nesta segunda-feira (24), relata a Agência Nacional de Notícias, libanesa. Nesta terça-feira (25), a agência citou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarando que Israel faz “o que for necessário para manter a sua segurança," quando respondia de forma insuficiente sobre os ataques à fronteira.
As brigadas Abdullah Azzam afirmaram a sua responsabilidade pelas explosões de dois carros-bomba que mataram seis pessoas na capital libanesa, Beirute, nesta quarta-feira (19). O ataque, próximo ao centro cultural iraniano em um subúrbio no sul da cidade, é mais um episódio da violência extremista que se dissemina através das frentes ligadas à rede Al-Qaeda, que também atuam na Síria e que têm trabalhado para estabelecer uma dimensão sectária aos conflitos regionais.