O pedido de demissão do ministro Geddel Vieira Lima, na última sexta-feira (25/11), não impediu que os protestos pela sua saída, marcados em Salvador para o mesmo dia, acontecessem. Duas das manifestações foram realizadas nas propriedades de Geddel na capital baiana: a primeira em frente ao empreendimento La Vue, onde o ministro comprou o apartamento que motivou a demissão, e a outra na frente da sua residência, ambas localizadas no bairro da Barra.
No carro de som tiveram espaço para falar: servidores estaduais ligados às fundações cuja extinção foi proposta pelo Governo do Rio Grande do Sul esta semana, estudantes das ocupações universitárias e secundaristas, centrais sindicais e mulheres. Todos unidos – cerca de 15 mil pessoas – no ato desta sexta-feira (25), em Porto Alegre (RS), contra as medidas de austeridade do governador Ivo Sartori (PMDB) e do governo Michel Temer.
A notícia da demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, chegou durante uma manifestação em Salvador, na manhã desta sexta-feira (25/11), que pedia, dentre outras coisas, a saída e a prisão do ministro, acusado de usar o cargo para promover tráfico de influência. Com a novidade, a caminhada adotou, em um determinado ponto do percurso, um tom também de comemoração pela queda de Geddel.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) emitiu uma nota nesta sexta-feira (25) informando a respeito do adiamento do ato que correria neste domingo (27), com a presença dos ex-presidentes Lula e Pepe Mujica. Segundo indica o comunicado, a Frente Povo sem Medo mantém a mobilização para a realização da manifestação do domingo.
A centrais sindicais unificadas, em conjunto com entidades dos movimentos sociais, realizam desde a madrugada desta sexta-feira (25) centenas atos e paralisações, em diversas regões do país, para dizer não ao pacote do governo Temer que retira direitos trabalhistas e sociais, representados através da Reforma Trabalhista, da Previdência e a Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 241- 55.
Nesta sexta-feira (25), data que marca o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta Contra a Violência às Mulheres, movimentos feministas convocam a população para participar da manifestação "Nem uma a menos! Basta de violência contra as mulheres", marcada para às 14h, na Praça do Patriarca, próximo ao edifício da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital.
Os moradores da Cidade de Deus, favela localizada no Rio de Janeiro, realizarão um ato nesta quinta-feira (24) contra a onda de violência e perseguições que alastrou-se no local. No último domingo (20), um helicoptero da policia militar caiu na região, matando os quatro ocupantes. Na sequência, sete corpos foram encontrados em uma mata próxima à favela. Habitantes denunciam que a chacina foi represália à queda da aeronave.
Por Laís Gouveia
Já são quase 2 mil pessoas inscritas para a caravana que vai fazer de Brasília a capital das ocupações estudantis na próxima terça-feira (29) dia da votação da PEC 55 em primeira instância no Senado Federal. São estudantes de universidades federais, estaduais, particulares, Ifes e escolas de todos as regiões do país. A União Nacional dos Estudantes (UNE) abriu cadastro para os interessados em viajar até a capital federal; entidade busca agora recursos para viabilizar o transporte
Indígenas tentaram ocupar a Câmara dos Deputados pelos anexos 2 e 3 da casa, em Brasília, nesta manhã. Eles protestam contra o que classificam de "programa neoliberal dos governos" e denunciam o que chamam de "retrocesso nos direitos já conquistados por essas comunidades".
Manifestantes concentraram-se em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, nesta terça-feira (22) condenando o pacote de cortes ofertados pelo governador José Ivo Sartori (PMDB-RS) que prevê a demissão de cerca de 1,2 mil servidores, além da a extinção de 11 órgãos ligados ao Executivo – nove fundações, uma companhia e uma autarquia – e a redução no número de secretarias, que passa de 20 para 17, com três fusões.
Para debater o racismo no território gaúcho, o movimento negro realizou na última terça-feira (15), na capital gaúcha, (15) a Marcha do Orgulho Crespo, parte da semana de atividades e manifestações por todo o país contra a desigualdade racial. No início do mês, a Justiça de Porto Alegre considerou inconstitucional o feriado do próximo domingo, 20 de novembro, apesar de em várias cidades do país a data lembrar o Dia da Consciência Negra.
No próximo domingo (20), quando se comemora do Dia da Consciência Negra, militantes do movimento negro convidam manifestantes a saírem às ruas de São Paulo contra o governo de Michel Temer, contra o genocídio da população negra e pela manutenção de políticas sociais. O ato, que completará 13 edições, está marcado para as 11h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.