O movimento contrário ao golpe de estado que afastou temporariamente a presidenta Dilma da presidência, vem ganhando cada vez mais força e adesão popular. Durante a semana, diversas manifestações e debates irão ocorrer, denunciando um governo do PMDB não representativo, eleito de forma indireta, e as consequências nocivas da sua política neoliberal para um longo período de retrocesso nos avanços e conquistas sociais.
A passagem da tocha olímpica por Belo Horizonte neste sábado (14) foi marcada por manifestações contra o golpe que afastou a presidente eleita Dilma Rousseff da Presidência da República. Desde o início do percurso, diversas pessoas manifestaram, por meio de palavras de ordem e cartazes, posição contra o afastamento de Dilma, que é mineira, e a posse do vice-presidente golpista Michel Temer.
Na noite desta sexta-feira (13), cerca de 15 mil pessoas lotaram a Cinelândia, no Centro do Rio, na manifestação "Temer, Jamais", que critica as primeiras medidas do peemedebista, como a dissolução de ministérios, incluindo as pastas de Igualdade Racial, Cultura e Direito das Mulheres. No ato, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) convocou os manifestantes a continuarem resistindo. Também aconteceram protestos em Porto Alegre (RS).
Com o novo cenário do afastamento da presidenta Dilma por 180 dias, onde o golpe foi imposto e a jovem democracia e constituição estão sob ameaças, diversas manifestações estão marcadas para denunciar que o governo Temer é ilegítimo e pretende sangrar a classe trabalhadora com sua agenda neoliberal.
Nas horas imediatas à confirmação, pelo Senado, da admissibilidade do processo do impeachment contra a presidenta Dilma e seu consequente afastamento do cargo, dois sentimentos devem ser evitados entre os milhares de líderes e ativistas da luta democrática.
Por Luciano Siqueira*
Ao longo dos 13 anos de governo progressista os movimentos sociais não deixaram de defender suas pautas. Mas tiveram uma abertura maior para o diálogo. Nesta quinta-feira (12) começou o governo golpista de Michel Temer, e agora a conversa é outra. Pelo menos foi esse o recado que os manifestantes deram na marcha realizada à noite na Avenida Paulista, em São Paulo.
Por Mariana Serafini
“O calor e a energia que vocês passam para mim eu tenho momento de alegria nessa hora trágica”, discursou a presidenta Dilma aos manifestantes, com quem se encontrou após a declaração à imprensa no Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira (12). Em meio a aplausos, apertos de mão, beijos e palavras de ordem de “Dilma, guerreira do povo brasileiro”, Dilma repetiu que não cometeu crime de responsabilidade e portanto está sendo vítima de injustiça.
Os movimentos sociais seguem unificados, através da Frente Brasil Popular e Povo sem Medo, contra a agenda golpista imposta pela direita no país, que encontrou a sua maior representação no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, retirando, com um possível desfecho favorável ao golpe, o voto de 54 milhões de brasileiros.
Os secundaristas de São Paulo, que ocuparam na semana passada a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), seguem firmes na luta contra o sucateamento da educação no estado e pelo direito à merenda, pois foram diretamente prejudicados com o esquema da máfia na compra de alimentos de cooperativas, gerando um impacto nos colégios, que servem em suas refeições bolacha água e sal aos estudantes. Fernando Capez (PSDB-SP), presidente da Alesp, é apontado como envolvido do esquema.
Integrantes dos mais variados movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e centrais sindicais se reuniram na tarde desta quinta-feira (05/05), na praça do Campo Grande, em Salvador, para denunciar os monopólios de comunicação, que detém grande parte dos veículos brasileiros. Realizado em todo o país, o ato tem o objetivo de chamar a atenção da população para a importância da democratização da mídia e contra o golpe.
Esta quinta-feira, 5/4, dia em que o jornal Diário Catarinense, do ex-grupo RBS, completa 30 anos de fundação, foi marcado por um ato de jovens e trabalhadores em Florianópolis contra o golpe midiático.
Milhares de estudantes secundaristas saíram às ruas na capital do Chile, Santiago, nesta quinta-feira (5) para exigir respostas do Ministério da Educação sobre o projeto de educação pública. Apesar da pauta justa, foram fortemente reprimidos pela polícia.