Não se constrói um projeto político com crentes. Mas a angústia, no Brasil de hoje, se dá também pela vontade de acreditar que algo é verdadeiro num cotidiano marcado por falsificações. O perigo é que, quando o roteiro dos dias parece ter sido escrito por marqueteiros, não cabe razão nesse acreditar. Exige-se fé. Quando a política demanda adesão pela fé, é preciso ter muito cuidado.
Por Eliane Brum*, no El País
Imagens captadas neste domingo explicitam, mais uma vez, a intolerância e o caráter antidemocrático das manifestações contrárias ao governo e ao PT. Organizados sob o falso pretexto do combate à corrupção, os atos são um desfile de ódio, desinformação e golpismo.
Além das dancinhas, shows e coreografias que tem caracterizarado as manifestações contra o governo federal e dado o tom da "politização" dos "manifestantes", a movimentação deste domingo (13), em São Paulo, também possui comércio de apetrechos.
Nota da CNBB reconhece a gravidade da crise, defende o direito a manifestações pacíficas com respeito às pessoas e instituições, e pede calma neste momento.
Vivemos hoje no Brasil uma conjuntura política de extrema gravidade. Estamos diante de uma feroz ofensiva golpista protagonizada pelas forças conservadoras (de direita e extrema direita) que têm por alvos principais a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o maior líder popular da nossa história.
Por Adilson Araújo*
Se houvesse necessidade de demonstração, ela foi feita na manhã de quarta-feira (17) – centenas de manifestantes foram ao Fórum da Barra Funda, em São Paulo, contra a tentativa de criminalizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Defrontaram-se com um punhado de direitistas que querem o impeachment e o golpe militar, e enfrentaram provocações: atiraram pedras e outros objetos contra os apoiadores de Lula e tentaram inflar o ridículo boneco Pixuleco. Foram impedidos.
Por José Carlos Ruy
Petroleiros, bancários, portuários, servidores estaduais, as centrais CUT e CTB voltarão às ruas nesta quarta-feira (03/02) para protestar contra o Projeto de Lei 555/2015, do Senado, bem como alertar a população sobre os riscos da privatização de empresas públicas, prevista nesse projeto. As atividades fazem parte do Dia Nacional de Luta em Defesa das Empresas Públicas e foram definidas no dia 27 de janeiro, no Seminário sobre o PLS 555/2015.
Veja um breve resumo com atos e entrevistas que a #tvCarta preparou como retrospectiva do ano de 2015.
A carta do vice-presidente da República – pobre, patética, beirando a infantilidade – dá a justa medida do estado moral lastimável em que se encontra a política brasileira, apequenada, amesquinhada, aviltada e envilecida.
Por Roberto Amaral*, em seu blog
Em mais uma contraofensiva à elite brasileira que foi às ruas no último domingo (13), milhares e milhares de pessoas, entre sindicalistas, trabalhadores e estudantes também marcaram presença na Avenida Paulista na tarde e noite de quarta-feira (16) contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Organizadores disseram mais de 100 mil, DataFolha, 55 mil pessoas. Mas o certo é que vivemos uma luta de classes visível no Brasil.