O cientista político Luis Fernandes avalia que as eleições legislativas de junho devem apontar para avanço da esquerda no parlamento francês, mas também uma recomposição da extrema-direita com o resultado de Marine Le Pen.
O especialista em Relações Internacionais, Alexandre Figueiredo avalia que Macron precisa cumprir sua promessa de incorporar demandas sociais para barrar de vez Marine Le Pen e sua farsa populista.
Eles podem anunciar o ponto de partida de uma próxima campanha (como Marine Le Pen em 2017) ou ser um instrumento de mobilização levantando esperanças de um futuro melhor e da manutenção da luta militante.
As abstenções eleitorais geralmente ocorrem entre eleitores menos favorecidos em renda e educação (informação) na Europa. Quando ela atinge os mais bem informados e capazes de escolher seu governo, algo novo está ocorrendo.
Mélenchon, que em cinco anos ganhou mais votos do que Marine Le Pen, foi a surpresa com parte dos votos preferindo Le Pen que nãopara de agregar para si o voto periférico.
São pouquíssimos os programas de financiamento da educação nos programas da Frente Nacional. As obsessões da extrema-direita continuam sendo, desde 1968, a doutrinação marxista, e o estímulo ao patriotismo e nacionalismo antiestrangeiros. Apesar disso, Le Pen começa a atrair professores e sindicalistas com seu discurso trabalhista.
Três pesquisas para o segundo turno mostraram que Macron ampliou a sua liderança em relação a Le Pen
“A esquerda – toda a esquerda – se depara com a responsabilidade histórica de não deixar nosso país nas mãos da extrema direita.”
Adversários de Macron começam a se mobilizar contra o avanço de Marine Le Pen, que deve manter disputa acirrada com o governante atual.
Essa pode ser a eleição presidencial francesa mais incerta dos últimos anos. O suspense devido ao crescimento da líder da extrema direita Marine Le Pen nas pesquisas, à previsão de recorde de abstenção, além do apelo de candidatos pelo voto útil, marca o último dia de campanha antes da votação de domingo (10).
Enquanto os discursos de Jean-Marie Le Pen pareceram eminentemente transgressivos e tiveram um papel polêmico, os de Eric Zemmour parecem muito mais “compreensíveis”, do ponto de vista da justiça e também do ponto de vista da opinião pública. As marteladas de uma maioria que “pensa como” parece estar ganhando terreno
O resultado das eleições presidenciais no Irã e seus desdobramentos na política internacional são destaques na análise internacional da cientista política Ana Prestes desta quarta-feira (23). Outros temas também abordados são: as eleições francesas, o veto da UEFA ao pedido de iluminação do estádio Allianz Arena com as cores LGBT, a contestação de Keiko Fujimori ao resultado das eleições peruanas, a votação na ONU da resolução contra o bloqueio estadunidense a Cuba, a vacinação na China, o encontro entre Biden e Putin e o lançamento do livro que contará os bastidores do governo Trump no combate à pandemia.