Governo interino de Temer traz de volta tudo o que fez do Brasil o país mais desigual do continente mais desigual do mundo, sem garantias aos direitos formais, básicos e humanos da classe trabalhadora.
Por Emir Sader
“No fundo, a história que a gente está vivendo é menos de um ajuste fiscal e mais de uma ofensiva de políticas contra a distribuição de renda”, avaliou Fernando Rugitsky, professor da FEA/USP, em relação às medidas apresentadas pelo governo provisório de Michel Temer.
Por Joana Rozowykwiat
Quem precisa de projeto de desenvolvimento é o povo; a plutocracia já tem o seu: a taxa de juro mais elevada do mundo.
Por Saul Leblon
Nos dias 19 e 20 de julho, o Rio de Janeiro, será sede do Tribunal Internacional pela Democracia no Brasil que vai julgar o governo provisório de Michel Temer (PMDB). As sessões do julgamento acontecerão no Teatro Casa Grande e fazem parte de um conjunto de ações e estratégias elaboradas pela Frente Brasil Popular.
A tarde desta terça-feira (12) será uma das mais longas da Câmara dos Deputados. O anúncio da candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI) para a presidência da Casa acendeu um rastro de pólvora na base aliada do governo provisório de Michel Temer.
Com a sua tática de campanha única para a presidência da Câmara dos Deputados derrotada, Michel Temer, presidente provisório, tentou minimizar o fracasso ao dizer nesta terça-feira (12) que a decisão de lideranças do seu partido, o PMDB, de lançar candidato próprio mostra que o Palácio do Planalto não está interferindo no processo.
Na semana passada, o ministro da Casa Civil do governo provisório, Eliseu Padilha (PMDB), dizia que Temer não iria interferir na eleição do Legislativo. Agora, com a base rachada, Padilha afirmou nesta terça-feira (12) que o Palácio do Planalto está "trabalhando” para construir uma candidatura de consenso entre os partidos que integram a base aliada na eleição que escolherá o novo presidente da Câmara.
O presidente provisório Michel Temer deu mais informações, neste domingo (10), sobre o plano privatista de seu governo interino. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele anunciou que estuda privatizar os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio. A ideia é abrir mão do patrimônio público para captar recursos que seriam usados para reduzir a dívida pública.
Em entrevista à TV Vermelho, a deputada federal e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, avalia que as eleições municipais deste ano estarão entrelaçadas ao debate sobre a democracia no Brasil. Para ela, a disputa municipal será um momento de reafirmar a opção por um caminho de inclusão social e fortalecimento do papel do Estado, em oposição ao modelo representado pelo presidente interino Michel Temer.
Prefeito tucano Marcio Lacerda proibiu que houvesse manifestações políticas nas apresentações, mas artistas não aceitaram e reforçaram protestos da plateia contra governo do presidente interino Michel Temer e do próprio Lacerda.
Para alcançar a meta fiscal de 2017, que prevê deficit de R$ 139 bilhões, o ministro provisório da Fazenda, Henrique Meirelles, espera aumentar em R$ 55 bilhões as receitas da União e evitar R$ 80 bilhões em despesas. Para isso, ele revelou a O Estado de São Paulo que tem três planos: a) cortar recursos para saúde e educação, b) privatizar empresas públicas e c) elevar tributos. Segundo ele, para atingir os números, "será preciso um esforço extraordinário" – do povo, é claro.
Há pouco tempo, escrevemos artigo no qual afirmávamos que o golpe ameaça desconstruir os legados sociais de Lula, Ulysses Guimarães e Getúlio Vargas. Estávamos enganados. O apetite reacionário e excludente dos golpistas vai além. Eles querem também acabar com o legado social da Princesa Isabel.