Para João Roberto Martins Filho, generais achavam que poderiam tutelar presidente, mas é ele quem dá o tom. Anti-esquerdismo impulsionou parte das Forças Armadas a se juntar a Bolsonaro.
O general Eduardo Pazuello, ministro interino, já nomeou 21 militares para cargos estratégicos no Ministério da Saúde
A iminência de golpe de Estado, entre nós, está sempre associada a intervenção militar e rupturas constitucionais.
Despacho informa que a soma dos pagamentos indevidos somam, pelo menos, R$ 43,9 milhões. Segundo o governo, 73,2 mil militares receberam o auxílio, que deveria ajudar autônomos e trabalhadores informais.
Ministério da Defesa diz que “militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados” podem ter recebido o auxílio “indevidamente”
Para Frederico de Almeida, da Unicamp, quadro é de um conflito institucional perigoso, já que o governo Bolsonaro tem os militares como avalistas.
Para três ex-ministros da Defesa, não é certo que Exército, Marinha e Aeronáutica estejam dispostos a seguir o presidente numa ruptura à ordem democrática
Desfecho é “ultrajante” em um país que foi governado por generais de 1964 a 1985 e que o Brasil teria todos os motivos para evitar o retorno de militares
Indicações feitas pelo por Bolsonaro para a PF e o ministério da Justiça criam um novo escândalo no cenário político do país, segundo Márcio Jerry
Absolutamente deprimente e constrangedora a cena dos generais ministros perfilados lado a lado com lunáticos como Weintraub, Ernesto Araújo, Damares e outros, ouvindo e colocando a imagem das Forças Armadas em apoio a um pronunciamento de defesa do indefensável pelo Presidente da República. Mais deprimente e constrangedor tais militares estarem se prestando a expor a imagem da instituição em apoio a um governo insano.
Os liberais (no Congresso, STF, partidos, sociedade civil) temem e rejeitam mais a esquerda que qualquer outra força política. Mas cabe à oposição tornar consciente e aprofundar o movimento de vários atores contra a ditadura e por um papel mais ativo do Estado na economia de guerra.
O capitão-presidente tenta justificar a participação no ato golpista de domingo, mas seu isolamento é grande e visível