Para Frederico de Almeida, da Unicamp, quadro é de um conflito institucional perigoso, já que o governo Bolsonaro tem os militares como avalistas.
Para três ex-ministros da Defesa, não é certo que Exército, Marinha e Aeronáutica estejam dispostos a seguir o presidente numa ruptura à ordem democrática
Desfecho é “ultrajante” em um país que foi governado por generais de 1964 a 1985 e que o Brasil teria todos os motivos para evitar o retorno de militares
Indicações feitas pelo por Bolsonaro para a PF e o ministério da Justiça criam um novo escândalo no cenário político do país, segundo Márcio Jerry
Absolutamente deprimente e constrangedora a cena dos generais ministros perfilados lado a lado com lunáticos como Weintraub, Ernesto Araújo, Damares e outros, ouvindo e colocando a imagem das Forças Armadas em apoio a um pronunciamento de defesa do indefensável pelo Presidente da República. Mais deprimente e constrangedor tais militares estarem se prestando a expor a imagem da instituição em apoio a um governo insano.
Os liberais (no Congresso, STF, partidos, sociedade civil) temem e rejeitam mais a esquerda que qualquer outra força política. Mas cabe à oposição tornar consciente e aprofundar o movimento de vários atores contra a ditadura e por um papel mais ativo do Estado na economia de guerra.
O capitão-presidente tenta justificar a participação no ato golpista de domingo, mas seu isolamento é grande e visível
As últimas pesquisas indicam que o presidente mantém cerca de 30% do eleitorado com ele. O isolamento produzido por suas posições absurdas sobre a covid-19 não surtiram efeito no povo. Ele se agarrou à economia, um aliado sempre poderoso.
O gesto do presidente abre as comportas para todo tipo de arruaças, independentemente dos objetivos ideológicos que as justifiquem
O fundamental deve ser encontrar a tática correta de enfrentamento ao que aí está, e esta parece ser disputar o apoio perdido para a direita junto às grandes massas, desafio tanto maior quanto são ingratas as condições atuais de luta.
Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) consideraram que a entrevista do ministro ao Fantástico “tocou numa corda sensível demais para os generais: a hierarquia”
Para fora, presidente ainda joga para a plateia. Mas, para dentro, sua caneta não é tão mais forte assim