Na semana em que uma sequência de eventos marcaram o eclodir da Primeira Guerra Mundial, há um século, o Portal Vermelho tem publicado artigos e reflexões sobre o militarismo imperialista e a luta dos povos contra a dominação. Em contato com o Vermelho, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, também afirma rumos para o debate urgente sobre as guerras e a necessidade de ações concretas contra as agressões aos povos, ressaltando o repetido massacre dos palestinos por Israel.
Neste domingo (6), a cidade de Osaka, no Japão, foi palco de mais manifestações contra a revisão constitucional aprovada de forma antidemocrática pelo governo japonês, com o objetivo de reformular as Forças Armadas, permitindo também o envio de tropas japonesas ao exterior. Os manifestantes também pediram a eliminação da Lei para a Proteção de Segredos Específicos, aprovada no final do ano passado pelo governo do país.
Vários veículos de comunicação japoneses publicaram editoriais, nesta quarta-feira (2), criticando a revisão constitucional aprovada no dia anterior pelo gabinete do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, para que seja cancelada a proibição da “autodefesa coletiva”. Após a aprovação, diferentes setores da sociedade japonesa expressaram forte protesto e oposição, de acordo com a mídia japonesa, a uma reformulação da política securitária influenciada pelos Estados Unidos.
Em 1994, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publicou seu Relatório sobre o Desenvolvimento Humano, inaugurando o conceito de “segurança humana”, com base em diversas críticas à perspectiva militarista da “segurança”. Nesta quinta-feira (26), o documento completou 20 anos em um mundo ainda vastamente militarizado, mas progressos significativos na concepção da segurança humana também devem ser ressaltados.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O maná dos negócios de guerra decididos por governos e subcontratados a grupos privados cresce exponencialmente na África depois dos “bons resultados”, segundo os interessados, obtidos no Iraque e no Afeganistão. A União Europeia é uma das entidades mais ativas na criação de parcerias público-privadas de morte.
Por Sylvie Moreira, de Paris, e Pilar Camacho, de Bruxelas para o Jornalistas sem Fronteiras
A ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha tomou posse nesta segunda-feira (16) na presidência do Superior Tribunal Militar (STM). É a primeira vez em 206 anos de existência que uma mulher preside a corte. Maria Elizabeth terá um mandato de curta duração, com apenas nove meses, e disseque agirá em favor da igualdade de gênero e contra a discriminação a homossexuais nas Forças Armadas.
Sob a batuta do secretário norte-americano da Defesa, Chuck Hagel, o chamado “Diálogo de Shangri-La”, em Singapura, transformou-se este ano numa “barragem de fogo verbal” contra a China que “faz subir a instabilidade no Sudeste Asiático para níveis pouco usuais”, segundo um diplomata britânico em Hong-Kong.
Por Alexandre Park, de Singapura para o Jornalistas sem Fronteiras
A Síria realiza eleições presidenciais no território nacional, nesta terça-feira (3), enquanto seu povo resiste heroicamente à agressão, sustentada há mais de três anos pelos Estados Unidos, por seus aliados europeus e por monarquias árabes. O respaldo criminoso a grupos paramilitares e extremistas mergulhou o país na violência disseminada e no terrorismo, através da “guerra por procuração” imperialista, mas as forças sírias continuam lutando.
Por Socorro Gomes*, de Damasco para o Vermelho
A ampliação e o reforço financeiro da Otan estão em curso, de acordo com a última reunião dos chefes de Estado Maior dos países membros, realizada em Bruxelas, que abordou “questões fulcrais de estratégia mesmo na presença de representantes de Estados que não integram a aliança”, revela um assessor militar bem informado sobre o encontro.
Por Pilar Camacho, de Bruxelas para o Jornalistas sem Fronteiras
O presidente estadundidense Barack Obama discursou sobre as “novas diretrizes” da sua política externa, nesta quarta-feira (28), na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova York. Como em discursos recentes sobre o rumo do país no âmbito internacional, Obama mostrou seguir os passos já demarcados pelo imperialismo tradicional determinando uma “necessidade” de os EUA manterem a “liderança global” a todo custo.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
James Winnefeld, alto funcionário do Departamento de Defesa dos EUA (Pentágono), confirmou nesta quarta-feira (28) que o Exército estadunidense já determinou o local e vai estabelecer em breve um sistema antimíssil na Coreia do Sul. Por outro lado, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Qin Gang, afirmou que existe muita incerteza na Península Coreana, e que a China não vai permitir confrontos na região.
Israel também é palco dos debates sobre seus gastos militares, inserido na tendência mundial, com o agravante de tratar-se de um dos maiores exércitos do mundo e de uma “potência ocupante”. De acordo com um artigo publicado nesta terça-feira (27) no jornal israelense Haaretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu dedica 4,5 bilhões de shekels (R$ 2,89 bilhões) ao que vigia, pessoalmente, sob a descrição de “meios especiais”.