Na última sexta-feira (28), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs cinco linhas de ação para consolidar a paz no país e resolver os litígios com a oposição.
Um estudo da consultoria ICS (International Consulting Services) revela que 80,9% dos entrevistados em uma pesquisa feita recentemente apoiam a conferência de paz convocada pelo governo de Nicolás Maduro. A pesquisa, realizada nos dias 27 e 28 de fevereiro em 900 lares das principais cidades da Venezuela, tem uma margem de erro de 3% e nível de confiança de 95%.
Partindo do princípio de que um amigo fragilizado não deve sofrer críticas, coletivos chavistas estão realinhando o discurso. É uma longa fase de adaptação iniciada em 5 de março do ano passado, quando morreu Hugo Chávez, e catalisada pelas marchas promovidas pela oposição ao longo de fevereiro.
Por João Peres, da Rede Brasil Atual
Quando é considerado legítimo tentar derrubar um governo democraticamente eleito? Em Washington, a resposta sempre foi simples: quando o governo dos EUA diz que é. Não por acaso, esta não é a forma como os governos latino-americanos, em geral, encaram a questão.
Por Mark Weisbrot, do The Guardian
Após duas semanas de protestos consecutivos contra seu governo, o presidente Nicolás Maduro instalou na noite desta quarta-feira (26) uma Conferência de Paz com diferentes setores do país. O evento foi boicotado pelos líderes do bloco opositor Mesa de Unidade Democrática (MUD), que classificou a iniciativa como um “simulacro”.
Por Luciana Taddeo, de Caracas para a Opera Mundi
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (26), durante sua visita a Cuba, que o presidente Nicolás Maduro tem "as melhores intenções" e que a Venezuela precisa de "paz".
Na luta cotidiana, Chávez conseguiu uma certa composição com os empobrecidos – historicamente fora de qualquer processo na Venezuela – e a classe média, contando ainda com algum apoio empresarial. Uma tênue composição de classe que nunca perdeu sua tensão.
Por Elaine Tavares, no Brasil de Fato
A última pesquisa de opinião realizada pelo instituto venezuelano Hinterlaces assinala que 83% da população rejeita a violência gerada pelos setores corretos de rua, disse nesta terça-feira (25) o chefe da agência, Oscar Schemel, no programa Primeira Página do canal Globovisión.
Os meios de persuasão de massa difundem por estes dias que a juventude da Venezuela é quem protagoniza as manifestações contra o governo. Sendo assim, os meninos e meninas que efetivamente saem às ruas para protestar representariam a vontade da totalidade dos jovens. O mal-estar que eles expressam em relação à inflação, à falta de segurança ou à suposta ausência de democracia se estenderia aos mais de sete milhões e meio de venezuelanos entre 15 e 29 anos.
Por Alejandro Fierro*, no Público.es
A presidenta Dilma Rousseff defendeu o diálogo como solução para o conflito deflagrado recentemente na Venezuela entre chavistas e oposição. Dilma esteve nesta segunda-feira (24) na Bélgica, para uma reunião com os líderes da União Europeia e respondeu aos jornalistas que pediram que comentasse a situação no país vizinho.
O governador de Miranda e um dos líderes da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, não compareceu à reunião do Conselho Federal de Governo (CFB), convocada pelo presidente Nicolás Maduro para esta segunda-feira (24). No último sábado (22), o opositor havia confirmado presença, mas voltou atrás justificando sua falta como uma expressão de “rejeição a repressão aos manifestantes estudantis nas últimas semanas”.
Desde o início dos protestos da oposição venezuelana contra o governo do presidente Nicolás Maduro as informações divulgadas pela grande imprensa conservadora mostram um cenário divergente da realidade das ruas de Caracas, capital do país. Em entrevista ao Vermelho, o triatleta brasileiro Bruno Bianor, que viajou à Venezuela para uma competição (que foi cancelada), no dia 13 de fevereiro, contou o que viu ao participar das marchas.
Por Mariana Viel e Théa Rodrigues, da redação do Vermelho