Alunos que participam do movimento de ocupação de escolas em São Paulo comemoraram o Natal dentro dos próprios colégios. Na Escola Estadual Alves Cruz, na zona oeste da capital, cerca de 15 pessoas, entre pais e estudantes, fizeram uma ceia durante a noite de 24 de dezembro. Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, na mesma região, os alunos fizeram um churrasco na tarde de hoje. Na Manuel Ciridião Buarque, também na zona oeste, teve "pizzada" neste dia 25.
Há 14 dias estudantes de Goiás ocupam escolas públicas em protesto contra a decisão do governo estadual de, a partir do próximo ano, transferir a gestão das escolas para organizações sociais (entidades privadas filantrópicas). A previsão é que os manifestantes permaneçam nas escolas nas últimas semanas do ano.
Artistas de renome da MPB Chico Buarque, Maria Gadú, Dado Villa-Lobos e Paulo Miklos gravaram uma música inédita para homenagear os alunos que ocuparam as escolas do estado de São Paulo durante os meses de novembro e início de dezembro.
O Comitê de Mães e Pais em Luta, grupo que reúne pais apoiadores dos secundaristas contrários à reorganização escolar do governo Alckmin, foi à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciar as violações cometidas pela Polícia Militar contra os estudantes nos últimos dois meses no Estado de São Paulo. A denúncia, dirigida à secretaria de Segurança Pública do Estado, foi acompanhada de um dossiê contendo dezenas de violações aos direitos humanos cometidas pela PM.
Ao todo, 94 escolas seguem ocupadas por estudantes em todo o estado, 50 delas na capital paulista, segundo o último levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgado nesta segunda-feira (14). Nesta terça-feira (15) , o comando das escolas ocupadas realizará uma assembleia na qual será decidido o rumo do movimento.
Um mês depois do início do movimento de ocupação das escolas da rede pública do estado de São Paulo, os estudantes secundaristas continuam nas ruas. Nesta quarta-feira (9), os alunos fazem nova manifestação, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), agora voltada à defesa de educação de qualidade e de maior participação da comunidade na gestão escolar. O ato também é contra o autoritarismo do estado e os cortes do governo na educação.
Após um mês de ocupações em mais de 200 colégios, contra o plano de reorganização escolar do governo do estado, que pretendia fechar 93 escolas, os estudantes obtiveram uma conquista. Alckmin recuou e declarou na última sexta-feira (4), que não fecharia as escolas em 2016 e que buscaria o diálogo como saída. Outra ação considerada positiva pelos movimentos sociais foi a queda do secretário da Educação Herman Voorwald, que se negava a estabelecer contato com a comunidade escolar.
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorward, pediu para deixar o cargo na tarde desta sexta-feira (4) após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar a suspensão temporária da reorganização escolar na rede estadual de ensino.
Após pesquisas divulgarem queda em sua popularidade, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu suspender todo o projeto de reorganização da rede de ensino estadual. Alckmin convocou entrevista coletiva às 13 horas no Palácio dos Bandeirantes, para anunciar oficialmente a decisão.
Em protesto contra os cortes anunciados pelo governo do estado, integrantes do DCE da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e dezenas de estudantes ocuparam na noite da segunda-feira (30) dois campi da instituição, localizados no bairro do Maracanã e na cidade de São Gonçalo. Sem aulas desde o dia 24 de novembro, por conta da descontinuidade dos serviços terceirizados, os manifestantes exigem respostas concretas sobre os pagamentos dos funcionários e também dos bolsistas e residentes.
Em coletiva de imprensa que ocorreu nesta quinta-feira (3) na capital paulista, o Ministério Público de São Paulo anunciou o pedido de interrupção imediata do plano do governo Alckmin de reorganização escolar, que pretende fechar 92 escolas em todo o estado. A ação será julgada pela justiça em até 48 horas. O Ministério propõe debates públicos com a comunidade para discutir o projeto de reorganização.
O nível de truculência da Polícia Militar de São Paulo a cada dia se supera mais. Manifestações que ocorreram na manhã desta quinta-feira (3) foram dispersadas com o uso da violência. No ato contra o fechamento das escolas que ocorria na Avenida São João, região central da capital paulista, policiais atearam fogo na moto de um trabalhador.