Considerado o todo-poderoso ministro do governo Dilma, Antonio Palocci (Casa Civil) está na mira da grande mídia e da oposição. Cinco dias depois da divulgação, pela Folha de S. Paulo, de que seu patrimônio cresceu 20 vezes em quatro anos, o chefe da Casa Civil continua nas manchetes dos jornalões.
Por André Cintra
Conversando com algumas pessoas próximas, ouço que uma severa crise econômica ronda o país. Investigo a fonte desse alarmismo e descubro, com certa surpresa, que são a CBN e os jornais televisivos, em especial o da Cultura.
Por Guilherme Scalzilli, em seu blog
A oposição usou a urgência da votação do Código Florestal. Depois alegou que a MP das novas regras para licitação das obras da Copa estava irregular. E, por fim, insistia em convocar o ministro da Casa, Civil, Antônio Palocci, para explicar a origem dos seus rendimentos. Tudo para impedir a votação das Medidas Provisórias que trancam a pauta de votações da Câmara. Os governistas venceram a disputa, rejeitaram o requerimento da oposição convocando o ministro Palocci e iniciaram as votações.
“FHC é hoje uma figura patética. Uma espécie de cavaleiro da triste figura e que não tem nada de ingênuo nos seus ideais. Ele e seu fiel escudeiro José Serra nem de longe nos comovem como os personagens de Cervantes. Pelo contrário: o mundo que enxerga esse senhor e as fantasias que dele faz, apenas confirmam o seu descompasso com esse vigoroso Brasil que surgiu após o seu desastroso, entreguista, incompetente e não menos corrupto governo.”
Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo
Não teve êxito a primeira tentativa da oposição de convocar o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, para prestar esclarecimento sobre o aumento em 20 vezes dos bens nos últimos anos.
Pré-candidato na corrida presidencial de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) planeja fundir PSDB, DEM e PPS, criando assim um único e competitivo partido de oposição. Conforme os planos de Aécio, a sigla seria anunciada em 2013, depois das eleições municipais do ano que vem, e poderia atrair até mesmo integrantes do PSD — a legenda recém-lançada pelo prefeito Gilberto Kassab (SP).
A convenção do PSDB de São Paulo, realizada neste sábado, expôs ainda mais a falta de rumo e unidade dos tucanos. Divididos e em profunda crise, eles não conseguiram chegar a um acordo sobre a vaga de secretário-geral da sigla e adiaram para quinta (12) a eleição do novo diretório estadual. No evento, enquanto José Serra reconhecia a crise na legenda, Geraldo Alckmin negava. O partido também não foi capaz de afinar o discurso sobre a possibilidade de uma fusão com o DEM ou de aliança com o PSD.
Durante a batalha presidencial do ano passado, José Serra esbanjou poder e arrogância. Ele não poupou os adversários nem os seus aliados. Isolou os setores do PSDB contrários à sua guinada para a extrema-direita, enquadrou os pedintes do DEM e comandou, com mão-de-ferro, a sua própria campanha. Esta postura autoritária e centralizadora gerou atritos no interior da oposição demotucana.
Por Altamiro Borges, em seu blog
A crise da direita brasileira pode ser remetida às derrotas que sofreu em três sucessivas eleições para presidente e a perspectiva de que essas derrotas sigam ocorrendo no futuro. No fundo dessas derrotas está o desencontro radical entre a direita brasileira e o país realmente existente.
Por Emir Sader, em seu blog
Em grave crise desde o final das eleições presidenciais do ano passado, o PSDB de São Paulo se esforça para eleger, neste sábado (07), sua executiva estadual sem expor um novo racha na legenda. Em meio a uma disputa interna, os tucanos realizam sua convenção estadual na Assembleia Legislativa, na capital, a partir de 9h. O encontro é uma prévia da convenção nacional do partido, marcada para o final do mês.
O DEM e o PSDB estudam a formalização de uma "união compulsória" entre os dois partidos já na eleição de 2012. Os planos de fusão entre as duas legendas, que encontram resistência em ambos os lados, serão discutidos apenas depois das disputas municipais no ano que vem.
Com a vitória do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, em 1994, a embriaguês provocada pelo sucesso do Plano Real levou Sergio Motta, então ministro das Comunicações, a prever que o PSDB ficaria no poder por 20 anos (para isso não poupou forças e atropelou limites éticos). Preparou a emenda da reeleição de FHC e passou como um trator sobre a oposição ao catar votos a qualquer preço.
Por Mauricio Dias, em Carta Capital