O filtro da cobertura e dos “especialistas” que fazem as análises na grande mídia brasileira não permitem a observação ampla dos interesses que estão internalizados neste conflito, todos os responsáveis por ele e por que ele se instalou
O cientista político Luis Fernandes contextualiza os interesses estratégicos dos EUA, Europa, China e Rússia para compreensão do andamento do confronto entre Putin e a Ucrânia. Em sua opinião, Putin gostaria de resolver rapidamente o conflito, como fez na Geórgia, mas EUA e OTAN agem para escalonar e adiar a resolução, dificultando ainda mais a estabilidade do sistema econômico global abatido pela pandemia.
Discurso muda a postura chinesa de, desde o início dos conflitos, não se posicionar abertamente sobre a guerra na Ucrânia
Muito se têm falado, na mídia alternativa, em dezenas de artigos e lives, sobre os motivos da Rússia para promover a guerra. Não vou cansar o leitor enumerando o que ele já conhece. Proponho abordar alguns aspectos que estes dias iniciais de combate vão relevando.
A Rússia e a Guerra Fria. Uma liderança europeia míope e corrupta. A linha vermelha da OTAN na Ucrânia
“O atual conflito tem suas raízes na agressiva expansão dos EUA e da OTAN, após o fim da União Soviética, em direção às fronteiras da Federação Russa, ali instalando bases militares e armas nucleares, ignorando os repetidos e insistentes protestos da Rússia, hoje totalmente cercada por forças hostis”, diz, em nota, o Cebrapaz.
Mesmo com o desespero ucraniano por um cessar fogo, sem envolvimento da OTAN, Putin não reduz a carga de ataques. Não houve sinal de recuo de ambas as partes.
Renomada jornalista argentina condenou “perseguições e crimes de lesa-humanidade praticados durante anos pelo governo ucraniano
Putin está cumprindo a obrigação de defender seu povo dos ataques fascistas e se precavendo para não ser alvo fácil daqueles que invadem países indefesos com poucas condições de reagir
No final de quarta-feira (23), início da madrugada de quinta-feira (24) no horário de Brasília, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou o início de operações militares na região de Donbass, onde ficam as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, a Ucrânia alega uma invasão em larga escala.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba divulgou, nesta terça-feira (22), uma nota sobre a crise na Ucrânia.
Os dois documentos propõem uma “revisão” do status quo internacional, mas o primeiro contém objetivos e exigências imediatas e localizadas, enquanto o segundo apresenta uma verdadeira proposta de “refundação” do sistema interestatal “inventado” pelos europeus