Em virtude das manifestações e atitudes do papa Francisco na Palestina, muitas delas paradigmáticas e, até mesmo, surpreendentes – destacando-se, dentre elas, a oração junto ao Muro do Apartheid, agora tornado o Muro das Lamentações Palestinas – e diante da possibilidade lançada pelo próprio líder católico quanto à mediação entre palestinos e israelenses com vistas à busca da paz, algumas considerações se tornam necessárias.
Por Ualid Rabah*
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) completou os 50 anos da sua carta fundacional, nesta quarta-feira (28). Em 1964, o objetivo afirmado era a ciração do Estado da Palestina e a resistência à ocupação israelense. Após um longo período exilada, a OLP passou a ser reconhecida internacionalmente como a representante legítima do povo palestino, sob a liderança histórica de Yasser Arafat.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A visita do Papa Francisco a Israel e à Palestina gerou entusiasmo. Para os que esperavam que ele se posicionasse contra a ocupação israelense e às violações dos direitos dos palestinos, o Papa não poderia ter sido mais literal e emblemático: prostrou-se diante do muro que representa a segregação, construído por Israel para cercar a Cisjordânia, e rezou.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Depois de o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ameaçar demitir a ministra da Justiça Tzipi Livni da coalizão governamental, como reprimenda pela reunião com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, na semana passada, o governo palestino de unidade toma corpo, com base no recente acordo de reconciliação nacional. Uma fonte da AP citada pela agência Ma’an, nesta quinta-feira (22), informou que o atual primeiro-ministro Rami Hamdallah chefiará o governo transitório.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instou Israel, nesta terça-feira (20), a investigar as mortes de dois jovens palestinos durante as manifestações no Dia da Nakba (“catástrofe”, em árabe), na quinta (15). A organização israelense B’Tselem fez o mesmo apelo, mas o chanceler de Israel, Avigdor Lieberman disse rejeitar a “exigência de investigação”, nesta quarta (21). O vídeo da ação das forças israelenses tem circulado pela mídia.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Tzipi Livni, ministra da Justiça e chefe da equipe israelense nas negociações com a Palestina, disse nesta segunda-feira (19) que o seu partido, Hatnuah (“O Movimento”), apoia o fim do conflito e a volta à diplomacia. Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a ministra por seu encontro com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Londres, na sexta-feira (16), de acordo com o jornal israelense Jerusalem Post.
No último dia 15 de maio se comemorou a declaração da criação do Estado de Israel, para o povo árabe esta data representa o início da etapa de colonização da Palestina, que ficou conhecida como o Nakba.
Organizações solidárias à causa palestina convocaram um dia internacional de greve de fome, nesta segunda-feira (19), em apoio aos prisioneiros palestinos encarcerados segundo a “detenção administrativa”, um dispositivo jurídico criado em Israel para permitir a prisão de “suspeitos” por períodos renováveis de seis meses, sem contato com a defesa e sem julgamento. A advogada Shireen Issawi também aderiu à greve após ser informada de que seu julgamento seria adiado por nove meses.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro prometeu enviar petróleo e diesel à Palestina como parte dos acordos assinados com o presidente Mahmoud Abbas, que visita a Caracas. A Venezuela possui a maior reserva petrolífera do mundo e deve enviar, inicialmente, 240 mil barris à Palestina. No sábado (17), os presidentes também assinaram um documento para evitar a dupla taxação nas trocas comerciais. Abbas iniciou a visita de três dias ao país latino-americano nesta sexta-feira (16).
Todos os partidos políticos palestinos têm se envolvido nas conversações para a formação de um governo de unidade nacional, de acordo com declarações do Partido Popular Palestino (PPP), comunista, nesta sexta-feira (16). O secretário-geral Bassam al-Salihi disse à agência palestina de notícias Ma’an que as reuniões “não estão restritas ao Hamas e ao Fatah”, em referência ao partido que governa a Faixa de Gaza e ao que lidera a Autoridade Nacional Palestina (ANP), na Cisjordânia.
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Federal Jandira Feghali (RJ), em pronunciamento no Plenário da Câmara, nesta quinta-feira (15), registrou a solidariedade da bancada do PCdoB ao povo palestino, na data conhecida como Al Nakba – a catástrofe. Na data de 15 de maio, ocorrem manifestações para lembrar que entre 1947 e 1948, mais de 800 mil palestinos foram expulsos de suas terras, cidades e aldeias durante a criação do Estado de Israel.
A Palestina reconheceu o direito do Estado israelense de existir em 1988. Entretanto, desde a sua criação, em 1948, Israel ainda não reconheceu o Estado da Palestina. Nos 66 anos desde a Nakba, ou “Catástrofe”, os palestinos lembram seus mortos e refugiados, o exílio e a ocupação israelense dos seus territórios, “embora apenas uma palavra não possa começar a explicá-la, nem um único dia possa começar a honrá-la,” escreve Saeb Erekat, chefe da equipe diplomática palestina nos diálogos com Israel.