O Ministério da Aviação Civil do Egito anunciou, nesta quinta-feira (21), que suspendeu todos os voos que saem da capital egípcia, Cairo, com destino a Tel Aviv, em Israel.
A Liga Árabe criticou, nesta quarta-feira (20), o regime israelense por obstruir as negociações para uma trégua duradoura na Faixa de Gaza. "Israel impede qualquer tipo de acordo que leve ao apaziguamento" na Faixa de Gaza, disse o secretário-geral da entidade, Nabil al-Arabi.
Os termos para descrever o corrente massacre dos palestinos em Gaza estão gastos. Em declaração ao Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta semana, o enviado da ONU Robert Serry apontou o número “assustador” de civis mortos pelos ataques israelenses e a destruição “sem precedentes” do território sitiado há quase oito anos. Mesmo assim, o fim de mais um cessar-fogo e o impasse das negociações no Egito são racionalizados enquanto peças de um jogo.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Nesta segunda-feira (18), encerra-se a trégua entre palestinos e israelenses. As negociações seguem no Egito para a prorrogação do fim das hostilidades. O diálogo tenta conciliar um cessar-fogo permanente para acabar com a atual crise na Faixa de Gaza após os ataques iniciados por Israel em 8 de julho.
As variações em cenários políticos domésticos – ou o congelamento de movimentos oposicionistas – são vastamente analisadas em contexto de guerras ou ofensivas militares. Alguma esquizofrenia é frequentemente notada no esforço de “unidade nacional” diante do “esforço de guerra”, que envolve a mídia de forma tão eficiente na reprodução do discurso oficial sobre a ofensiva. É mais uma vez o caso em Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A organização humanitária internacional Oxfam reiterou nesta quinta-feira (14) a necessidade de acabar com a ofensiva israelense contra os moradores da Faixa de Gaza como um passo fundamental para alcançar a paz e a reconstrução duradoura da região.
Muitos governos latino-americanos se pronunciaram contra a atual ofensiva na Faixa de Gaza e condenaram o uso desproporcional da força por parte do governo de Israel. Em agradecimento à solidariedade com os palestinos, milhares foram às ruas em Ramallah, capital administrativa da Cisjordânia, na última segunda-feira (11). No ato, bandeira do Cone Sul dividiram espaço com as imagens dos presidentes da região e de líderes políticos como Yasser Arafat, Mandela, Fidel Castro e Che Guevara.
Nesta quarta-feira (13), em Caracas, capital da Venezuela, aconteceu na Praça Bolívar um ato de solidariedade com o povo palestino que nos últimos 37 dias vem sendo massacrado pelos ataques promovidos pelo governo de Israel na Faixa de Gaza, deixando um rastro de mais de duas mil mortes e 10 mil feridos, sendo a maioria mulheres, idosos e crianças.
Os países do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) condenaram os crimes de guerra e o terrorismo praticado por Israel contra o território palestino da Faixa de Gaza. Durante uma reunião na noite desta quarta-feira (13), na cidade portuária de Jidá, os representantes dos países que compõem o grupo exigiram o fim da agressão, o levantamento imediato do bloqueio promovido na região e a restauração da vida natural de seus moradores.
Israel decidiu que não vai colaborar com as investigações do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre as denúncias de crimes de guerra cometidos durante mais de um mês de ofensiva contra a Faixa de Gaza. Na segunda-feira (11), a ONU nomeou como chefe da missão o canadense William Schabas, que foi logo sabatinado pela televisão israelense com perguntas sobre a “moral dupla” da organização para, claro, contestar a decisão de investigar Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Enquanto o premiê israelense Benjamin Netanyahu colhe frutos da ofensiva contra Gaza e, satisfeito, negocia mais com o seu governo do que com os palestinos a extensão do cessar-fogo reinstalado na segunda-feira (11), as notícias para o mercado financeiro e para o complexo industrial-militar são de lucros. A impunidade e a ineficácia do sistema internacional na proteção dos palestinos contra o massacre são acompanhados também pelo papel do capital na guerra.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A trégua de 72 horas em Gaza, aceita por grupos de resistência palestinos, é a última chance para um cessar-fogo duradouro, aponta um dos membros da alta cúpula da liderança política do Hamas (Movimento Palestino Resistência Islâmica), Abu Musa Marzuq.