O representante da Síria para a Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça, Faissal Al-Hamwi disse que o governo sírio está tentando dar proteção ao comboio da ONU para a entrega de assistência humanitária ao campo de refugiados palestinos de Yarmouk, próximo à capital, Damasco. Os confrontos com grupos armados atingem a região, e os palestinos têm pedido ajuda contra o bloqueio que impede a entrada de suprimentos no campo, o que causou a morte de cerca de 50 pessoas devido à fome.
O chefe da equipe palestina nas negociações com Israel, Saeb Erekat, voltou a afirmar a responsabilidade israelense na falência da diplomacia, nesta quinta-feira (23). Um dos obstáculos principais, a exigência de reconhecimento de Israel como Estado judeu, foi questionado no dia anterior pelo embaixador da União Europeia no país, Lars Faaborg Andersen. “Não acho que temos uma posição clara sobre isso porque não estamos certos do que significa este conceito”, disse, em uma coletiva de imprensa.
Colonos israelenses voltaram a devastar plantações de oliveiras em terras palestinas na Cisjordânia, cortando cerca de 800 árvores na vila de Sinjel, próxima à cidade de Ramallah, de acordo com a agência palestina de notícias Wafa. O prefeito, Ayyoub Suweid, disse à Wafa que os habitantes da vila descobriram a destruição na manhã desta quarta-feira (22). Mais episódios de depredação, inclusive das forças israelenses contra outra região de agricultura, foram relatados no mesmo dia.
Dois palestinos foram mortos na manhã desta quarta-feira (22) pelo ataque aéreo israelense ao seu veículo, em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. As fontes locais, citadas pela agência de notícias palestina Wafa, identificaram-nos como dois jovens de 21 e 23 anos de idade, mortos instantaneamente no ataque realizado por um avião não tripulado (drone).
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ameaçou o Hamas, que governa a Faixa de Gaza palestina, nesta terça-feira (21). Em uma coletiva de imprensa com o premiê canadense Stephen Harper, que visita Israel, Netanyahu disse que “muito em breve” deve “dar uma lição” ao movimento de resistência islâmica no território, embora as notícias sobre ataques aéreos israelenses já estejam sendo veiculadas.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
A Chancelaria canadense advertiu Israel, antes da visita do primeiro-ministro Stephen Harper: o Canadá considera as colônias israelenses em territórios palestinos ilegais e obstáculos para o processo de paz, de acordo com o jornal Ha’aretz, nesta segunda-feira (20). No mesmo dia, o diário denuncia um financiamento milionário aos chamados “postos avançados” (colônias irregulares até sob a lei israelense), ainda que a atividade venha se mostrando cada vez mais custosa politicamente.
A ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, e Isaac Molho, ambos membros da equipe israelense para as negociações com a Autoridade Palestina, reúnem-se com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta segunda-feira (20), em Washington. O propósito é a discussão da proposta de acordo feita por Kerry e a preparação da reunião entre ele e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ainda nesta semana, nos bastidores do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.
O Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) disse nesta semana que a sua liderança recusa a proposta de acordo feita pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry. Trata-se do avanço de um Estado palestino inviável e da manutenção das colônias, em troca do reconhecimento de Israel como um Estado judeu. Já nesta quinta-feira (16), o premiê israelense Benjamin Netanyahu adicionava mais uma grande colônia a ser mantida sob o controle de Israel.
O filme palestino “Omar” foi indicado para concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. A lista de filmes selecionados foi divulgada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nesta quinta-feira (16).
O campo de refugiados palestinos de Yarmouk, na Síria, é palco de uma extrema crise humanitária, em meio ao conflito que assola o país árabe há três anos. Vulnerável às incursões e involuntariamente servindo de abrigo aos grupos armados que combatem contra o Exército sírio, o campo ficou bloqueado e parou de receber assistência humanitária inclusive da agência das Nações Unidas responsável por supri-lo. Neste cenário, notícias sobre a morte de refugiados devido à fome são alarmantes.
A linha “oficial” de abordagem à morte de Ariel Sharon diz muito sobre a profunda e criminosa hipocrisia com que se aborda a questão palestina e se apoia a política de terrorismo de Estado de Israel.
Por Ângelo Alves*, no Jornal Avante!
Basicamente, concordo com aqueles que afirmam que não há luz do dia entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Moshe Ya’alon sobre as questões, apenas sobre o estilo e o momentum. Netanyahu cercou-se de oponentes à solução de dois Estados: seus círculos políticos são cheios de colonos, nacionalistas-religiosos e outros falcões – e não apenas no gabinete, mas em seu próprio escritório.
Por Noam Sheizaf*, na +972 Magazine