O ministro israelense das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, de extrema direita, vem sendo citado com declarações que parecem bondosamente favoráveis à resolução do conflito e à criação do Estado da Palestina. Recém-reconduzido ao cargo, após enfrentar acusações de corrupção, Lieberman disse, no domingo (5), que a melhor opção para Israel é aceitar a proposta do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para uma base de acordo com a Autoridade Palestina.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, encontrou-se com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entre quinta-feira (2) e domingo (5). As reuniões abordaram maneiras de impulsionar o processo de paz já estagnado, pelo que Kerry deve estender a sua visita até a Arábia Saudita e a Jordânia, mas volta ainda neste domingo aos territórios, segundo o jornal israelense Ha’aretz.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A Autoridade Palestina e Israel voltaram às negociações em julho de 2013, com a mediação dos Estados Unidos. Embora sejam melhor classificados como parte no conflito do que como um mediadores, dado o respaldo incondicional e diverso a Israel, os EUA alegam um compromisso sério com a solução de mais de 60 anos da ocupação israelense sobre os territórios palestinos. Mas, neste ano, as políticas que caracterizam esta condição continuaram vigentes.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
Aviões israelenses de combate lançaram ataques contra a Faixa de Gaza na manhã desta sexta-feira (3), de acordo com o Exército, citado pela agência palestina de notícias Ma’an. Segundo as forças armadas israelenses, o ataque foi uma resposta aos foguetes disparados desde o território militarmente bloqueado, na costa do Mediterrâneo. Nenhum dos dois incidentes causou vítimas.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chegou a Israel na quinta-feira (2), pela décima vez em menos de um ano, de acordo com o jornal israelense Ha’aretz. Uma das suas primeiras mensagens foi a de que, nas próximas semanas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhau, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, terão de tomar “decisões difíceis” que determinarão o futuro das negociações, já estagnadas há demasiado tempo.
Só é possível imaginar as expressões dos colonos israelenses que vivem na Montanha de Mashref, perto da Universidade Hebraica de Jerusalém, de onde dá para ver Issawiya, enquanto assistiam às celebrações pela volta do prisioneiro palestino Samer al-Issawi.
O secretário de Estado dos EUA John Kerry deve apresentar linhas gerais para um acordo entre palestinos e israelenses quando voltar à região, nesta quinta-feira (2), de acordo com o Departamento de Estado norte-americano, citado pelo jornal israelenses Ha’aretz. Kerry planeja discutir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahy, de Israel, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, um quadro para a solução das questões centrais, conforme reivindicado há décadas pelos palestinos.
As autoridades israelenses libertaram o terceiro grupo de 26 prisioneiros palestinos na noite desta segunda-feira (30), como parte do acordo para a retomada das negociações, em julho, com a Autoridade Palestina. Os detidos estavam cumprindo várias sentenças, alguns, há décadas, e todos desde antes dos Acordos de Oslo, assinados entre israelenses e palestinos a partir de 1993. Os palestinos ainda esperam por mais companheiros detidos, inclusive 32 também encarcerados antes de Oslo.
O portal independente de notícias em Israel, +972 Magazine, relatou nesta segunda (30) e terça-feira (31) o avanço da proposta de anexação do Vale do Jordão, que fica à beira do maior lago da região, na Cisjordânia palestina. A proposta, endossada pelo Comitê Ministerial de Legislação no domingo (29), aplicaria a lei israelense à maior parte do território, afastando a possibilidade de um Estado da Palestina com fronteiras com outros países que não Israel.
O chefe da equipe palestina nas negociações com Israel, Saeb Erekat disse, neste domingo (29), que o povo da Palestina não reconhecerá Israel como Estado, segundo o portal persa de notícias, HispanTV, citando uma entrevista concedida à emissora Euronews. As negociações, retomadas em julho, estão estagnadas há meses, com a falha de Israel em avançar questões centrais e congelar a expansão das colônias. Em contrapartida, nesta segunda (30), outro grupo de prisioneiros palestinos será libertado.
“Uma terra sem povo para um povo sem terra”. Esse era o lema do movimento sionista quando começou a ocupar os territórios palestinos em 1948, dando origem ao Estado de Israel. A justifi cativa de que não existia ninguém antes dos judeus na Palestina, e que eles estavam apenas retornando à sua terra sagrada, é amplamente aceita até hoje para justifi car os confl itos que ocorrem no local.
Por José Coutinho Júnior*, no Brasil de Fato
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou os ataques do regime israelense contra a Faixa de Gaza. Ele pediu moderação de ambos os lados, em uma tentativa de evitar mais derramamento de sangue.