A Frente Guasú (coalizão da esquerda paraguaia) exigiu ao governo o cumprimento da demanda da ONU para a constituição de uma Comissão da Verdade e Justiça, para a investigação das mortes de campesinos em Curuguaty e a destituição do presidente Fernando Lugo, ambos os fatos ocorridos em junho de 2012.
Aníbal Carrillo, candidato presidencial da Frente Guasu, coalizão da esquerda paraguaia, afirmou que a recente resolução da ONU sobre a situação do país confirmou a conspiração desenvolvida para destituir o presidente Fernando Lugo. Carrillo atribuiu grande relevância ao documento do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que pede uma investigação independente e imediata sobre a morte de camponeses e o processo que tirou o mandatário de seu cargo em 2012.
O futuro do Paraguai é incerto. As consideráveis variações das pesquisas de intenções de voto não permitem apontar com segurança a vitória de nenhum candidato nas eleições presidenciais marcadas para o dia 21 de abril. Entretanto, os números sugerem que o comando do país deverá ficar com Horacio Cartes, do Partido Colorado, ou com Efraín Alegre, do Partido Liberal.
Mais de 200 policiais paraguaios desalojaram, com o apoio de helicópteros, dezenas de famílias camponesas que ocupavam uma fazenda, destruindo suas moradias e plantações em Canindeyú.
Os partidos de esquerda do Paraguai têm denunciado a falta de espaço nos debates televisivos. Nesta segunda-feira (25), o candidato da Frente Guasu, Aníbal Carrillo, criticou, em nota, a falta de criatividade e conteúdo dos presidenciáveis. Em sua análise, o debate foi, no melhor dos casos incipiente e o “desempenho geral dos candidatos esteve muito por baixo do que a cidadania merece escutar”.
O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo denunciou, nesta quarta-feira (20), que a influência midiática e o poder dos que "detém recursos econômicos de origem desconhecida geram distorção e desigualdade durante processo eleitoral" no país que elegerá o presidente, vice, senadores, governadores, deputados regionais e do Mercosul no próximo 21 de abril.
Uma avançada da missão técnica da União de Nações do Sul (Unasul), que observará o processo eleitoral do Paraguai e as eleições gerais do próximo abril, verifica nesta quinta-feira (21) a normativa eleitoral e a organização das eleições.
O camponês paraguaio, Rubén Villalba, há 52 dias em greve de fome, corre riscos de morrer. O líder protesta contra a prisão de 14 camponeses acusados de serem responsáveis pelo massacre de Curuguaty, ocorrido em junho de 2012, quando 17 pessoas morreram. Em carta endereçada a “seus compatriotas”, Villaba exige esclarecimentos sobre o caso e pede unidade aos movimentos sociais para “libertar o país”.
O Ministério da Defesa do Paraguai analisa modificar a lei 1.337 para habilitar as Forças Armadas a atuarem no restabelecimento da “ordem interna”, função hoje exercida pela Polícia Nacional.
O Partido Comunista Paraguaio (PCP) denunciou que as pesquisas eleitorais divulgadas no país sobre as próximas eleições gerais, que ocorrerão no próximo 21 de abril, são "um arsenal de mentiras das minorias privilegiadas para confundir ao povo".
Cerca de 500 pessoas, entre esquerdistas e liberais protestaram, no último domingo (17), diante do Banco Central do Paraguai, onde realizou-se o debate entre quatro candidatos presidenciais para as eleições do próximo 21 de abril.
A esquerda paraguaia liderada pela Frente Guaçu, coalisão de partidos e organizações sociais, denunciaram para órgãos internacionais que estão sofrendo discriminação no processo eleitoral.