Quanto maior for a focalização do gasto público nos mais pobres, dada sua maior propensão ao consumo, aumentará mais o multiplicador do PIB.
Um agravante para o baixo desempenho da economia brasileira é que o país já crescia pouco mesmo antes da pandemia. O país estava atrás da maior parte do mundo: para se ter uma ideia, sete em cada dez países cresceram mais do que o Brasil no ano passado, ainda segundo o FMI.
Segundo dados do IBGE, a atividade econômica recuou 1,5% e 900 mil pessoas se somaram ao contingente de desempregados nos três primeiros meses de 2020.
“A incerteza em relação aos fatores políticos é uma das grandes restrições à aceleração do investimento. Quem vai tomar a decisão de investir num país com prazo de 5, 10 anos?” questionou Cassiana Fernandez, economista-chefe do banco.
Segundo Marco Rocha, da Unicamp, segundo semestre de 2019 já apresentava indicadores que apontavam para desaceleração.
As previsões sobre os impactos sociais da pandemia no Brasil só pioram. A doença vai cada vez mais dizimando os mais pobres, ampliando o fosso das desigualdades raciais, de gênero e de renda.
Setor industrial acumula queda de 1,7% no primeiro trimestre e de 1% em 12 meses, de acordo com o IBGE
Economistas disseram que a maior probabilidade, por enquanto, é de uma queda do PIB entre 5,5% e 7,2% neste ano.
Economia brasileira terá retração de 5,3% em 2020, contra uma queda de apenas 1%, em média, nos países emergentes
Índices registram quedas de dois dígitos em diversos setores no mês de março, trazendo os primeiros sinais da uma inevitável recessão
A preservação de vidas hoje depende da capacidade do Estado de adequar de forma direta a estrutura produtiva às necessidades essenciais e imediatas de seu povo.
Já existem projeções que indicam um tombo maior do PIB brasileiro. Um estudo da FGV apontou que a atividade econômica pode cair até 4,4% este ano.