Depois da bolinha de papel de Serra, a farsa do processo de Alckmin contra a Siemens.
Por Leandro Fortes*, na Carta Capital
A Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) vai convidar o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, para falar sobre as denúncias de formação de cartel nas licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Também serão chamados o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, e o presidente da Siemens no Brasil, Paulo Stark.
O arquivo digital de publicações como Folha de S. Paulo e a própria Veja permite juntar os pontos e conectar as propinas pagas pela Alstom no Brasil ao caixa dois da campanha presidencial do PSDB em 1998, que reelegeu Fernando Henrique Cardoso.
Em debate, realizado pela TV Folha, analistas refletem sobre as principais questões em torno do esquema de fraudes no Metrô de São Paulo. O esquema, que é conhecido como Propinoduto Tucano, pode ter causando uma prejuízo aos cofres públicos de mais de 600 bilhões.
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Dados de investigações realizadas na Alemanha, na Suíça, no Reino Unido, na França e nos EUA mostram que possíveis acertos em licitações e pagamentos de agentes públicos envolvendo a Alstom e a Siemens totalizam R$ 3 bilhões desde os anos 1990.
Uma risada espontânea. Foi assim que o deputado Hamilton Pereira reagiu quando perguntei a ele se a imprensa paulista teria sido tão complacente, por tanto tempo, com um governador do PT acusado de corrupção.
Por Luiz Carlos Azenha*
Na próxima quarta-feira (14), a CTB e entidade sindicais vão promover um grande ato no Vale do Anhamgabaú, em SP, para cobrar a apuração do escândalo, recentemente divulgado nos meios de comunicação, que envolve o desvio de verbas e irregularidades nas obras da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Troca de e-mails entre executivos da Siemens indica que empresas tiveram acesso, com antecedência, aos planos da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) para quatro licitações realizadas pelo governo de São Paulo em 2004, durante o segundo do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
Em grave crise financeira, a Editora Abril, que vem cortando títulos e demitindo profissionais, acaba de atirar de vez sua credibilidade no lixo. Numa reportagem vergonhosa, sobre o caso Siemens, a revista Veja é capaz de dedicar seis páginas ao escândalo que movimenta o debate político no Brasil como se ele ocorresse na lua ou em outro planeta – e não em São Paulo, onde fica a sede da editora.
Em entrevista coletiva sobre a investigação criminal aberta para apurar as suspeitas de formação de cartel e fraude a licitações de trens em São Paulo, o promotor de Justiça Marcelo Mendroni afirmou nesta sexta-feira (9) que empresas envolvidas nesses tipos de delitos devem ser consideradas "organizações criminosas".
O corregedor do estado de São Paulo, Gustavo Úngaro, disse nesta sexta-feira (9) que "qualquer pessoa poderá" ser ouvida pelo órgão durante as apurações do caso Siemens. Ele deu a declaração ao ser questionado sobre a possibilidade de convidar o ex-governador tucano José Serra a dar explicações sobre sua conversa com um executivo da multinacional alemã.
Empresas concorrentes na licitação para compra de trens da linha 5 do metrô de São Paulo, um contrato de R$ 620 milhões, realizavam “reuniões secretas” de acordo “com o desejo” e também “por pressão” do próprio governo tucano de SP. As informações, que evidenciam a formação de cartel nas licitações, estão contidas no diário de funcionário da Siemens entregue à direção da empresa e encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça.