O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo quer declarar inidôneas a Siemens e as outras 19 empresas que atuaram no esquema de cartel de trens no Estado, para vetar futuras contratações pelo governo estadual.
Ato organizado na último dia 14 de agosto, pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, com apoio e diversas entidades sociais organizadas, reuniu cerca de 4 mil pessoas em São Paulo para protestar contra a corrupção no Metrô, que envolve o desvio de milhões das obras do metrô em SP durante a gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Entenda o caso:
IstoÉ: os homens fortes do propinoduto tucano
MP abre mais inquéritos para apurar denúncias de cartel no Metrô
Em reflexão na TVT, o comentarista de política nacional, Paulo Vannuchi, analisa as manifestações em São Paulo pela CPI do Metrô. Segundo ele, essas manifestações revelam que "caiu blindagem da grande mídia nas denúncias que envolvem o PSDB".
Para Paulo Moreira Leite, quando a condenação dos réus petistas atendia a interesses políticos da oposição, não se falou em abuso, em politização da Justiça ou coisa parecida. Agora, investigações sobre o propinoduto tucano colocam o PSDB na difícil posição de esperar para si um benefício que negou para os adversários.
Na semana passada, o deputado estadual Alcides Amazonas (PCdoB) apresentou na Assembleia Legislativa de São Paulo discurso em que ele pede a abertura da CPI do Propinoduto Tucano e critica o mau uso do dinheiro público pelo PSDB no estado de São Paulo ao longo dos últimos 20 anos, resgatando inclusive o caso Eletropaulo.
Em seu blog, José Dirceu afirma ser vergonhosa a omissão do Ministério Público Federal no caso Siemens e lista todas as representações protocoladas pelos parlamentares da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, entre 2008 e 2010, contra governos tucanos: Matéria frisa que "passados cinco anos, ninguém foi responsabilizado" e lembra que "atos de improbidade administrativa caducam em cinco anos, não sendo mais aplicável punição".
Em nova reportagem, revista mostra que servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista, envolvidos no cartel do metrô, são ligados aos principais líderes tucanos em São Paulo; eles atuaram sob o comando de dois homens de confiança de Serra e Alckmin, seus secretários de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella e Jurandir Fernandes
A investigação sobre prática de cartel no Metrô e na CPTM poderá ser como uma bomba de efeito fragmentário para o PSDB. Ainda não vieram à tona os personagens políticos que intermediavam os negócios com os “consultores” e as empresas cartelizadas.
Por Jeferson Miola*, na Carta Maior
O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que a investigação sobre a formação de cartel em licitações do metrô São Paulo e no Distrito Federal é prioridade do órgão. Carvalho também negou ingerência política no processo.
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social abriu mais seis inquéritos para apurar as denúncias de superfaturamento em contratos e de formação de cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Com isso, chega a 53 o número de inquéritos sobre o caso, relativo a concorrências públicas abertas no período de 1998 a 2007.
"Estamos diante de uma oposição cínica e sem alternativa", externou Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, ao falar sobre o escândalo do Metrô de São Paulo que envolve um esquema de milhões em desvio de recursos públicos. Na oportunidade, o dirigente falou ainda sobre a vitória da educação com a conquista dos 100% do royaties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-Sal para a educação.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
A Polícia Federal (PF) detectou uma conta corrente chamada Orange Internacional no caminho de parte do dinheiro de supostas propinas pagas pela Alstom ao PSDB e ao governo de São Paulo. Mantida por doleiros, ela foi operada por meio do MTB Bank de Nova York. A PF encontrou a conta quando apurava quatro depósitos em 1998 que chegaram a US$ 1,44 milhão (valor atualizado).