Já acostumado às blitz policiais, o senador Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, está jogando pesado para bloquear qualquer aventura do seu rival José Serra. Em reunião nesta terça-feira (6), que contou com a presença dos 27 dirigentes estaduais do PSDB, ele conseguiu abortar a proposta de prévias internas para definir o candidato da legenda.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
As graves denúncias sobre cartel (acordo ilegal entre empresas para aumentar preços de produtos e serviços) nos contratos de trem e metrô reacendem as críticas sobre possível favorecimento de empresas e particulares, tendo em vista os baixos investimentos do governo do estado nesse estratégico meio de locomoção em massa.
Por Carlos Neder*, no blog Viomundo
Com as denúncias ampliadas a cada dia em relação ao metrô, à CPTM e a contratos do governo na gestão tucana em São Paulo, a abertura de CPI na Assembleia de São Paulo e/ou no Congresso Nacional ganha ainda mais necessidade.
Por José Dirceu*, em seu blog
Dois ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são o principal alvo das investigações sobre possível pagamento de propinas durante as fraudes em licitações cometidas pelo cartel do trem denunciadas pela empresa alemã Siemens. Uma conta bancária na Suíça que recebeu um depósito feito por uma das offshores de propriedade dos consultores Sérgio e Arthur Teixeira é a pista dos promotores.
Documentos da Polícia Federal obtidos pelo Estadão mostram como funcionou o suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do Estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom. Dois ex-secretários, dois diretores da estatal de energia EPTE (ex-Eletropaulo), consultores e executivos da Alstom – dez pessoas no total – foram indiciados no inquérito da PF.
O PT conseguiu 26 das 32 assinaturas necessárias para instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apurar as denúncias de fraudes em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Segundo o líder do partido na Assembleia, deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), a CPI vai aprofundar as investigações das denúncias que começaram a ser feitas em 2008.
O Ministério Público (MP) de São Paulo vai começar a ouvir ainda mês as testemunhas nos inquéritos que apuram denúncias de fraude nas licitações para compra e manutenção de trens e linhas do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A Justiça alemã concluiu que a Siemens pagou pelo menos 8 milhões de euros, o equivalente a R$ 24,4 milhões, a dois representantes de funcionários públicos brasileiros, como parte de um amplo esquema de corrupção em contratos públicos no Brasil.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), realizado nesta terça-feira (6), o deputado estadual Alcides Amazonas (PCdoB-SP) voltou a externar o seu descontentamento com a inércia do governo tucano em relação às denúncias de desvio de dinheiro público das obras do Metro e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Há duas semanas, reportagem publicada na revista Isto É denunciou um cartel formado pelas empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui que mantinha um esquema de desvios de recursos públicos e pagamento de propina a políticos tucanos e membros do alto escalão dos governos do PSDB em São Paulo, em troca de favorecimentos nas licitações de obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Joanne Mota, da redação em São Paulo
Em entrevista, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP), fala sobre o caso Siemens, no qual a empresa denunciou a formação de cartel que pode ter desviado mais de R$ 577,5 milhões do metrô de São Paulo e cita claramente Geraldo Alckmin e seus dois últimos antecessores, Serra e Covas.
Entenda o caso:
Alcides: bancada "blinda" governo tucano de CPI do Propinoduto
Comunistas defendem criação de CPI para investigar propinoduto
Este é o jogo dos tucanos sempre que são denunciados, e o mais contumaz nessa prática é José Serra: dizem que toda denúncia contra o tucanato é política, eleitoreira. Quando é com eles, denunciam o vazamento e a quebra do sigilo das investigações ou da justiça, do qual sempre se beneficiam para denunciar os adversários.
Por José Dirceu em seu Blog*