A Justiça Federal em São Paulo determinou o bloqueio de R$ 9,8 milhões de cinco acusados de participação em um esquema de corrupção com o grupo francês Alstom. Eles são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como responsáveis pela distribuição de propina a funcionários públicos do estado de São Paulo. Eles estão entre os 11 réus que respondem pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O Metrô anunciou nessa quinta-feira (20) que não irá suspender o contrato com a Alstom para a implantação do chamado CBTC (Sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, na sigla em português). Por meio de uma nota, a empresa alegou que não constatou irregularidades no acordo.
A Justiça Federal em São Paulo abriu processo criminal contra 11 acusados de participação no esquema de pagamento de propina pela multinacional Alstom a políticos e funcionários públicos de estatais paulistas do setor de energia durante governos do PSDB no Estado – eles estão no poder em São Paulo há 20 anos.
Os objetivos dos governos e dos cartéis são, em princípio, opostos: o poder público se esforça para comprar sempre pelo menor preço bens e serviços com determinadas especificações de qualidade e o cartel, ao contrário, quer vendê-los por preços superiores aos que cada empresa individualmente proporia se houvesse concorrência real.
Por Téia Magalhães*, do Retrato do Brasil
Faz parte do cotidiano de todo usuário do Metrô de São Paulo a superlotação, com direito a muito tumulto e sufoco. Plataformas lotadas, filas e falhas atrasam diariamente a viagem de ida e volta do trabalhador.
Duas investigações distintas sobre o cartel dos trens em São Paulo, esquema de manipulação de licitações e desvio de dinheiro público que pode ter causado prejuízo de mais de R$ 400 milhões aos cofres estaduais, chegaram à etapa final.
Investigada por supostamente participar de cartéis em São Paulo, a multinacional Alstom reconhece em um documento interno ter pagado uma comissão em janeiro de 1999 para vender equipamentos para a hidrelétrica, em Santa Catarina. A hidrelétrica de Itá fez parte do programa de privatizações no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
O Ministério Público Federal denunciou, na última sexta-feira (31/1), à Justiça doze investigados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relativos a um aditivo de contrato firmado em 1998 pela multinacional francesa Alstom com uma companhia de energia do governo de São Paulo. Segundo a denúncia, o pagamento de propina a funcionários públicos do Estado ocorreu entre 1998 e 2003. O período compreende as gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
O jornal O Estado de S.Paulo divulgou reportagem nesta quinta-feira (30) sobre o inquérito que investiga o cartel operado nos governos do PSDB em São Paulo. Em depoimento à Corregedoria do governo Geraldo Alckmin, em outubro, João Zaniboni, ex-diretor da CPTM, disse apenas que fez "consultorias" e não se lembra de quem recebeu em torno de US$ 550 mil. Confira reportagem abaixo:
Em entrevista ao jornalista Luiz Carlos Azenha, publicada no Viomundo, o líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, informou que faltam apenas 4 votos para conseguir abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito que objetiva investigar o escândalo envolvendo as propinas pagas pelas empresas Siemens e Alstom a integrantes de governos paulistas.
Da Rádio Vermelho com informações do Viomundo
O líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, ainda acredita na possibilidade de criação de uma CPI na Casa para investigar as denúncias de corrupção envolvendo autoridades do estado e a empresa francesa Alstom. De acordo com o parlamentar, a bancada teve acesso a documentos em posse do Ministério Público da Suíça, onde tramita investigação contra práticas de corrpção por parte da empresa.
Com a arrogância de sempre, o ex-presidente FHC declarou em entrevista ao Blog do jornalista Josias de Souza, do UOL, que se tivesse 15 anos a menos se candidataria à Presidência da República. Ele se acha a pessoa certa para falar “olhando no olho das pessoas, dizendo, sem meias palavras, sem muita politiquice, as coisas como elas são”. E defendeu que será bom para o país que “qualquer um” derrote Dilma Rousseff na eleição de 2014.