O tom geral é de lamento pelo aumento dos juros, mas sempre culpando a flexibilização fiscal como vilão pelo “sequestro” do BC. A austeridade fiscal é a única receita para o mercado que rejeita qualquer incentivo à renda e ao consumo interno.
Após crise na equipe econômica por discordâncias com quebra no teto de gastos, Guedes pressionou o Banco Central “autônomo” a aumentar juros para agradar o mercado.
Para o professor de Economia da UnB e ícone do Novo Desenvolvimentismo no Brasil, com Paulo Guedes já desacreditado, o Banco Central agindo na contramão da tendência mundial e o agravamento da crise hídrica, país corre risco de enfrentar recessão em 2022.
Enquanto bancos celebram lucros astronômicos, em meio à pandemia, setor produtivo, comercial e consumidor mergulham em recessão, sem que isso afete a inflação.
Economia voltou ao patamar pré-pandemia, mas está longe do pico de 2014
Está mais do que provado que visão neoliberal baseada no tripé privatização, desregulação e austeridade fiscal é equivocada
Ao aumentar a taxa Selic, agora em 2,75% ao ano, Copom vai na contramão de outros países em momento de recessão, afirma Paulo Kliass
Com retração de 3,5% do PIB em 2020, governo americano combate pandemia em meio a uma severa crise econômica.
“A indústria automobilística sempre recebeu muitos incentivos aqui no Brasil, então acho que tem coisas do lado da própria Ford, que está no País há mais de cem anos”, diz Roberto Macedo
A situação pode se complicar ainda mais se as grandes empresas de tecnologia, as bigtech, acabarem entrando no setor financeiro.
“Até agora não houve uma única iniciativa, nem mesmo propostas, de políticas públicas para garantir uma recuperação sustentada”, afirmou André Lara Resende ao jornal Estado de S.Paulo.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, diz que as previsões do ministro da Economica Paulo Guedes têm se revelado um fracasso. É o que ele pensa da declaração de que o Brasil está oficialmente saindo da recessão num momento tão dramático.