A avalanche de fake news envolve profissionais produzindo dezenas de milhares de mentiras bem elaboradas que enganam até os mais bem informados. Até médicos e políticos aproveitam para faturar com fake news.
Em entrevista a Manuela D´Ávila, o escritor franco-italiano Giuliano Da Empoli, autor do livro Engenheiros do Caos (Ed. Vestígio), discutiu sobre as redes de fake news, a parcialidade dos algoritmos e as técnicas discursivas usadas pela extrema direita para criar o caos nas redes sociais e no mundo da política.
Leonardo Attuch defende a internet pelo modo como estimulou o surgimento de novos veículos como o seu portal Brasil 247. Mas, hoje, ele observa a vulnerabilidade aos logaritmos a que todos estão sujeitos, e o modo como a extrema direita se apropriou disso.
Em tempos de autoritarismo, o consultor estratégico percebe o jornalismo se reinventando. As redes sociais, por sua vez, mostraram sua face maldita e merecem ser reguladas. Para ele, a comunicação da extrema direita é mais eficiente em chegar ao receptor.
A pandemia propiciou o retorno triunfal do jornalismo, depois de um longo inverno de descredibilidade e previsões apocalípticas. Com a consolidação de um campo democrático de comunicação, debate procurou compreender os rumos da imprensa profissional.
Uma ideia simples conseguiu desestabilizar financeiramente organizações de extrema direita.
Frente à avalanche de fake news nas redes dos maranhenses em meio a crise sanitária, o Governo do Maranhão lançou o perfil “Verdade Covid MA” com checagem de notícias falsas.
O mundo é mesmo cheio de contradições e dá muitas voltas. O ainda ministro Luiz Henrique Mandetta – um ex-deputado do DEM que participou da cavalgada golpista contra Dilma Rousseff, que satanizou os cubanos do programa Mais Médicos e que ajudou na eleição do fascista Jair Bolsonaro – agora virou alvo das milícias digitais bolsonaristas. Mesmo após firmar um pacto com o presidente e permanecer na chefia do Ministério da Saúde, a “estrela” que causa tanto ciuminho no “capetão” segue apanhando dos milicianos virtuais.
As mensagens no twitter do presidente deveriam estar sujeitas às normas da Administração pública, pois são reconhecidas socialmente como “declarações estatais” e não como meros arroubos ou devaneios.
Governo Donald Trump intensifica guerra de informação e alista plataformas de mídia social como armas
O partido colhe bons resultado de uma estratégia de comunicação mais sintonizada com o aumento da influência das redes sociais como fonte de informação.
Um debate atual que se coloca é se as esquerdas não estariam abandonando os movimentos populares e privilegiando a disputa política nas redes sociais e nos movimentos identitários.
Por Jorge Gregory*