Manifestações também serão em defesa das empresas públicas que estão na mira da privatização, como os Correios, Banco do Brasil e Caixa
Reforma Administrativa pretende alterar as relações de trabalho com o Estado e cria novas “classes”. Entenda as mudanças e consequências da PEC 32/2020.
Em evento virtual sobre a reforma administrativa, Paulo Guedes já disse que considera a remuneração dos altos cargos do funcionalismo “baixa”.
Segundo Grazielle David, assessora da Rede de Justiça Fiscal da América Latina e Caribe, as propostas para sair do impasse criado pelo teto não resolvem problemas de financiamento.
No imaginário popular brasileiro, a noção de reforma vem sempre acompanhada de uma imagem positiva, no sentido do aperfeiçoamento de determinado instrumento, medida ou política. Porém, nos casos mais recentes o que se tem verificado é o contrário.
Reforma Administrativa é a nova proposta do governo Bolsonaro que está na prioridade da agenda política desde as últimas semanas.
É importante que os servidores públicos e suas entidades conheçam e acompanhem a tramitação da PEC 32/2020 que, uma vez aprovada, trará graves repercussão para o serviço público.
Em Boletim de Conjuntura, Dieese avalia que incapacidade do governo Bolsonaro para lidar com a situação potencializou casos, mortes e queda do PIB.
Justamente por saber que o resultado da reforma é prejudicial à população, principalmente a parte mais necessitada, seus defensores ocultam questões importantes que todos deveriam saber.
Por meio da estabilidade do servidor público se constrói o sentimento do dever atrelado ao cargo e ao Estado, acima da vontade individual e dos partidos. A reforma administrativa vai no sentido contrário, o de forçar uma lealdade pessoal quase compulsória ao governo de passagem.
Na avaliação da Associação de Economistas pela Democracia (ABED), a reforma não resolve os problemas reais do setor público brasileiro e cria ou piora outros.
Para a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), a proposta do governo é mais uma falsa solução milagrosa, mas significa, na prática, o desmonte do Estado