O Balanço de 2011 do MST, divulgado nesta quinta-feira (22), aponta para a necessidade de unificar as lutas dos movimentos sociais no próximo ano. O líder João Pedro Stedile, em vídeo, ainda afirma que este ano não foi positivo para a Reforma Agrária. Veja o vídeo e leia a íntegra do texto de balanço abaixo.
Seis brasileiros foram homenageados pelo Senado com a comenda Dom Helder Câmara, esta semana, em reconhecimento a contribuição que deram à luta em prol dos direitos humanos no Brasil. Entre os agraciados está Paulo César Fonteles de Lima, em memória. Paulo Fonteles Filho, que recebeu a comenda, estendeu a homenagem aos mais de dois mil camponeses e camponesas que, como o pai dele, foram assassinados no Pará, nos últimos 30 anos, “na luta pela civilizatória bandeira da reforma agrária”.
Em reunião histórica, diversas lideranças do setor se reuniram em Goiânia para debater "a realidade do trabalho no campo em Goiás" e estratégias de luta na área.
Um projeto desenvolvido pela Associação Estadual de Cooperação Agrícola (Aesca/MS), em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), elabora técnicas de construção de moradias em assentamentos de reforma agrária, no Mato Grosso do Sul. A iniciativa conquistou um dos prêmios da 6ª Edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, na categoria regional.
Durante reunião com famílias que moram em assentamentos em Santana do Acaraú, o deputado federal João Ananias (PCdoB) recebeu uma pauta com reivindicações que priorizam a melhoria da vida no campo. No documento entregue pelo representante do Movimento dos Sem Terra local, estão pedidos de uma passagem molhada, escola, postos de saúde, programa de reflorestamento.
A família de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, o casal de extrativistas assassinados em maio deste ano, enviou carta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardos, pedindo celeridade na apuração do crime. Os familiares do casal reclamam que, diante da morosidade da justiça no caso, a situação no assentamento onde vivem está se agravando, com ameaças e intimidações aos familiares do casal, que tiveram que sair da área onde viviam.
Organizações de defesa dos trabalhadores rurais do Pará denunciaram à Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, a omissão de órgãos do governo federal no município de Anapu, sudoeste do Pará. Em carta enviada à ouvidoria, as entidades pedem ações mais enérgicas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na resolução de conflitos agrários na região.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pretende atingir R$ 930 milhões, este ano, em investimentos para aquisição de terras a assentados da reforma agrária, segundo informou o ministro da pasta, Afonso Florence. Ele disse que, do orçamento deste ano do ministério, foram gastos R$ 530 milhões na compra de terras de interesse de 10 mil famílias.
O Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) negocia com o Planalto mudanças estruturais para enxugar suas funções e tentar acelerar o programa de reforma agrária.
O deputado Marcon (PT-RS) manifestou preocupação, em discurso na Câmara dos Deputados, com as denúncias de “graves desvios que ocorreram e continuam a ocorrer sob o governo da família Siqueira Campos, bastião do PSDB no Centro-Oeste”. Como assentado da reforma agrária, o deputado indagou se “será possível que os ricos devem ser beneficiados por esquemas espúrios de distribuição de terras enquanto mais de 180 mil famílias continuam debaixo da lona em todo o território nacional?”
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Conceição do Araguaia (PA), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Santa Maria das Barreiras (BA) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Sul do Pará (Fetagri/Sul) denunciaram mais um ato alarmante de violência relacionado com conflitos agrários na região amazônica.
O MST realizou, nesta segunda-feira (26), três ocupações no Rio Grande do Sul. As famílias Sem Terra ocupam as áreas para pressionar os governos federal e estadual o cumprimento do acordo firmado em abril deste ano de assentar todos os trabalhadores e trabalhadoras acampadas atualmente no estado.