O governo golpista de Michel sentiu o golpe que recebeu na batalha da comunicação no caso da reforma da Previdência. Temer retomou a ofensiva publicitária e nos meios de comunicação em prol da reforma. Para Marcos Verlaine, jornalista e assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o movimento sindical simplificou para o povo o prejuízo que significa a reforma da Previdência e Temer tenta reverter esse quadro antes da votação no plenário.
Por Railídia Carvalho
O governo Michel Temer tenta garantir a todo custo os votos para a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência na Câmara dos Deputados. A estratégia inicial foi afastar a votação da repercussão da greve geral realizada dia 28 de abril. Agora, Temer planeja acelerar a liberação de verbas para pagar emendas dos parlamentares que se comprometerem a votar a favor da proposta do governo.
As centrais sindicais, as confederações e todas as entidades dos trabalhadores não devem confundir as eventuais negociações que estão ocorrendo com o afrouxamento de nossas pressões contra as “deformas”.
* Por João Guilherme Vargas Netto
Assista a transmissão ao vivo da comissão especial que analisa a Reforma da Previdência nesta terça-feira (9), que retoma a votação de relatório em clima tenso. A Câmara amanhece bloqueada e com acessos liberados apenas a parlamentares, funcionários e imprensa. Polícia fortemente armada fecha todas as entradas daquela que um dia foi a Casa do Povo. Parlamentares da oposição pedem que acessos sejam liberados.
O projeto de reforma da legislação trabalhista começará a ser efetivamente discutido no Senado nesta semana, com audiência pública conjunta, na quarta-feira (10), a partir das 9h, das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS).
Representantes dos condutores de ônibus, metroviários e portuários afirmam que categorias podem voltar a interromper atividades, dependendo do andamento das reformas no Congresso e das deliberações das centrais sindicais.
As Centrais Sindicais reuniram na tarde desta quinta-feira (4), em São Paulo, e anunciaram mais uma iniciativa de pressão contra as reformas da Previdência e trabalhista. As entidades divulgaram a semana “Ocupa Brasília”, que acontecerá entre os dias 15 e 19 de maio.
Uma grande mobilização nacional está se formando para dizer não à PEC da Reforma da Previdência, proposta encaminhada pelo Governo Temer que, caso aprovada, garante após 49 anos ininterruptos de contribuição o direito à aposentadoria. Reforçando o sentimento dos 74% dos brasileiros que são contrários à Reforma, uma petição on-line foi criada com o proposito de atingir 1 milhão de assinaturas.
Os metalúrgicos de São Paulo fizeram, na última sexta-feira (31), uma assembleia com 6 mil trabalhadores, marcando o avanço da categoria em preparação às manifestações nacionais, com greves e paralisações, marcadas pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril.
Neste sábado (1º) pela manhã, o jornalista e escritor Paulo Henrique Amorin proferiu uma palestra na cidade de Chapecó, Santa Catarina. Ele falou sobre a atuação da grande mídia do país, tecendo críticas à abordagem dada aos conteúdos, além de fazer um comparativo entre o período do Regime Militar e a atual situação política do Brasil. A palestra foi promovida pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Chapecó e Região – Sitespm-CHR.
Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (31) o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a tentativa de fim da aposentadoria do governo Michel Temer é uma “reforma bandida” e que “isso é coisa de criminoso”. Paim participou do evento, promovido pelas centrais sindicais, ao lado de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Roberto Requião (PMDB-PR).
Reprovado nas pesquisas e nas ruas, o governo de Michel Temer vê aumentar o número de atos e manifestações nas ruas do Brasil que combatem as propostas de reforma da Previdência e trabalhista do Executivo. Os protestos desta sexta-feira (31) são preparatórios para a greve geral, convocada pelas centrais de trabalhadores para o dia 28 de abril com a participação das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.