A manifestação contra a Reforma da Previdência começou cedo nesta quarta-feira (15) no Paraná. Na capital, Curitiba, concentração na praça Santos Andrade já conta com mais de 60 mil pessoas. Os professores entraram em greve por tempo indeterminado.
A juíza federal Marciane Bonzanini suspendeu liminarmente todos os anúncios da campanha do governo federal sobre a reforma da Previdência. A magistrada atendeu a uma ação civil pública protocolada por uma série de sindicatos do Rio Grande do Sul. Para as entidades, além de não informar sobre os direitos previdenciários e as mudanças propostas, o material publicitário ainda se vale do desconhecimento da população e faz propaganda enganosa, amparada em dados questionados por especialistas.
A presidenta nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE), participou de ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, do Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência e Trabalhista realizada nesta quarta-feira (15) em todo o país.
O centro de Fortaleza presenciou nesta quarta-feira (15), a maior manifestação de rua dos últimos anos. Mais de 30 mil pessoas ocuparam a região de comércio para lutar contra a Reforma da Previdência.
Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais direto da manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou a importância dos protestos realizados nesta quarta-feira (15) em todo o país contra a reforma da Previdência de Michel Temer (PMDB).
A praça da Estação, no centro de Belo Horizonte, foi ocupada por manifestantes em protesto contra a reforma da Previdência de Michel Temer. Empunhando bandeiras e faixas e ao som de uma bateria, centenas já tomam o centro da capital mineira.
No Paraná, dezenas de categorias amanheceram de braços cruzados nesta quarta-feira (15). Professores, motoristas e cobradores, caminhoneiros, petroleiros, vigilantes, estivadores, operários de montadoras de automóveis e outros trabalhadores aderiram à greve nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista.
Trabalhadores da Colgate Palmolive, que fica no Km 14 da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (15), no dia nacional de mobilização contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer e que tramita no Congresso Nacional.
O discurso de criminalização da mídia contra os movimentos sociais de que greves, paralisações e atos só prejudicam o trabalhador não colou. Em diversos veículos, as transmissões ao vivo ou reportagens sobras as paralisações são marcadas por palavras como "transtornos", "prejudicados", "fracasso" e "direito tolido".
A proposta de reforma da Previdência Social de Michel Temer fortaleceu a unidade entre as principais centrais de trabalhadores do país. Nesta quarta-feira (15), essas entidades se unem aos movimentos sociais e às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para dizer não à Proposta de Emenda Constitucional 287/16, que trata da reforma. Dirigentes de diversos estados do Brasil convocam para os protestos.
Quão precisas são as projeções financeiras e atuariais do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) que servem de base para o governo propor uma reforma previdenciária tão draconiana? De acordo com o estudo “A Previdência Social em 2060: as inconsistências do modelo de projeção atuarial do governo brasileiro”, divulgado nesta terça-feira (14), os instrumentos e métodos utilizados para o cálculo dos resultados previdenciários do governo não são “minimamente confiáveis”.
Centrais de Trabalhadores, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e movimento sindical e social ocupam as ruas do Brail nesta quarta-feira contra a reforma da Previdência proposta por Michel Temer. As paralisações de trabalhadores da educação e transportes devem marcar os protestos pelo Brasil.