Centrais sindicais e movimentos sociais e políticos se reuniram na manhã desta sexta-feira (25) em frente ao INSS, em São Paulo, no Dia Nacional de Lutas, com paralisações, greves e mobilizações. O ato unificado das centrais protesta contra a retirada de direitos representada pelas reformas da previdência e trabalhista e pela PEC 55, que congela investimentos sociais por 20 anos.
A centrais sindicais unificadas, em conjunto com entidades dos movimentos sociais, realizam desde a madrugada desta sexta-feira (25) centenas atos e paralisações, em diversas regões do país, para dizer não ao pacote do governo Temer que retira direitos trabalhistas e sociais, representados através da Reforma Trabalhista, da Previdência e a Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 241- 55.
Governo Federal, Judiciário e legislativo tem colocado à prova a resistência dos trabalhadores. A resposta é mais um dia de luta, paralisações e protestos que acontecerá nesta sexta-feira (25) em ato unificado das centrais sindicais por todo o Brasil. Na berlinda as reformas da Previdência, trabalhista e a Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 55. Em São Paulo, dirigentes nacionais realizam ato às 11h, em frente ao prédio do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Por Railídia Carvalho
Trabalhadores do Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco, entre outros estados, confirmaram participação na jornada de lutas em defesa dos direitos sociais e trabalhistas que acontece nesta sexta-feira (25) em todo o país. Sob a iniciativa das centrais sindicais, os atos denunciam medidas de Temer que ameaçam deixar a população desassistida como as reformas da previdência social e trabalhista e a proposta de emenda constitucional que congela gastos públicos por 20 anos.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta terça (22), que os militares ficarão de fora do projeto de reforma da Previdência Social. Segundo ele, a proposta que o governo Michel Temer quer apresentar ao Congresso em dezembro contempla mudanças apenas aos civis. De acordo com reportagem publicada por O Globo, embora representem um terço dos servidores, os militares respondem por quase metade do alegado déficit da previdência da União, contestado por diversos economistas.
No seminário “Previdência Social: reformar ou destruir?”, a professora de economia na UFRJ Denise Gentil apontou as contradições no discurso do governo em relação às medidas de ajuste fiscal. De acordo com ela, a gestão propõe um corte de gastos que afetará os mais pobres, mas protege empresários e rentistas.
A unidade das principais centrais de trabalhadores do país tem demonstrado fôlego contra a política de retirada de direitos sociais e trabalhistas apresentada pelo governo de Michel Temer. No dia 25, as entidades realizam novos protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária de Temer. Na avaliação dos dirigentes, o fortalecimento dos atos é um novo elemento na conjuntura.
Se a equipe responsável por desenhar a Reforma da Previdência confirmar que o governo federal deve propor a possibilidade de cobrança de contribuição ao INSS de todos os aposentados, teremos algumas comprovações – isso, é claro, se ainda restar um país depois dos protestos causados pela aprovação dessa medida.
Por Leonardo Sakamoto
Na quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) poupou o governo de Michel Temer em relação à reforma da Previdência Social. O órgão negou o direito a um novo cálculo da aposentadoria àqueles aposentados que voltaram a trabalhar. A chamada desaposentação foi considerada inconstitucional pela Corte, evitando os desgastes que o governo Temer enfrenta em relação à referida reforma.
Por Railídia Carvalho
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e a mudança nas aposentadorias foram os temas principais de um seminário que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveu na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo, para discutir as jornadas de luta que as centrais sindicais promovem no mês de novembro. Segundo a economista Patricia Pelatieri, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a aprovação da PEC impacta na diminuição da Previdência.
Se não houver interrupção desta trajetória perversa, serão multiplicados os déficits reais e imaginários tanto na Seguridade quanto da Previdência Social.
Por Ceci Juruá**
As reformas trabalhista e previdenciária do governo de Michel Temer assim como a proposta de Emenda Constitucional 241 estão na mira dos protestos dos trabalhadores brasileiros. Nesta quarta-feira (19), em São Paulo, as centrais aprovaram uma jornada nacional de luta da classe trabalhadora, que prossegue nos dias 11 e 25 de novembro. Também ficou definida a participação dos trabalhadores na vigília dos movimentos contra a aprovação da PEC 241 na próxima segunda-feira (24).
Por Railídia Carvalho