Tantos diálogos revelados e a reforma da Previdência vai passando de cambulhada. Aliás, parece que é favas contadas. A reforma é cheia de maldades. Reforma contra a população. Do vigilante ao policial, passando por professores e quejandos. Até pensão por morte, de um salário mínimo, será lixada. Portanto, para não dizer que não falei em Previdência, deixo registrada minha crítica e algumas sugestões.
*Por Lenio Luiz Streck
A ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) publicou no Twitter que o governo Bolsonaro defende o pobre trabalhando desde a infância e sem alcançar a aposentadoria. Infelizmente, ela viu a tropa governista dando um importante passo nesse sentido ao aprovar, por 379 a 131, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 06/2019 que prejudica milhares de trabalhadores do INSS.
"Em um país tão desigual, deixar apenas os trabalhadores e, a depender da reforma tributária, talvez os empresários como responsáveis por um sistema contributivo de aposentadoria é condená-lo, especialmente nas circunstâncias atuais".
Por Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Zahluth Bastos*
Por 379 votos a 131, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o texto-base da proposta de reforma da Previdência que prejudica os trabalhadores mais pobres do país. Os parlamentares agora começarão a votar os destaques apresentados à matéria e ainda terá que haver um segundo turno de votação, antes de seguir ao Senado.
Após uma longa batalha parlamentar, em que a oposição utilizou todo os recursos regimentais para protelar a votação, a Câmara dos Deputados aprovou por 379 a 131 votos a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 06/2019 que altera as regras da previdência social. Apesar de algumas alterações, o texto aprovado praticamente inviabiliza a aposentadoria dos trabalhadores.
Essa proposta de reforma é a pior da história da Previdência e demonstra o caráter perverso que do que se pretende.
Por Ricardo Coutinho*
O estudante de economia da Universidade de São Paulo (USP), Iago Montalvão, 26 anos, candidato da União da Juventude Socialista (UJS) à presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE), era uma das lideranças que tentava entrar nesta quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados a fim de acompanhar de perto a votação da proposta de reforma da Previdência.
Por Iram Alfaia
Após aprovação do texto-base na comissão especial da Câmara, a reforma da Previdência vai a votação em plenário nesta quarta-feira (10). O texto apresenta algumas mudanças com relação a proposta apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, continua partindo de uma premissa que amplia a desigualdade social no Brasil.
Na iminência de votar a reforma da Previdência, a Câmara dos Deputados é palco do pesado jogo de benesses imediatas entre a base de direita e centro-direita e o governo. Para aprovar a reforma da Previdência, o governo promete liberar R$ 5,6 bi em emendas, e deputados pedem mais — anunciam as manchetes de primeira página.
"A proposta de reforma da Previdência, que possivelmente entrará em regime de votação no plenário da Câmara dos Deputados a partir de hoje, tem na sua essência o conflito de interesses entre o sistema financeiro versus trabalhadores ativos e aposentados".
Por Luciano Siqueira*
Ações de panfletagem são realizadas em diversas regiões da capital. As bases e os distritais do Partido encabeçam as atividades.
Enquanto as forças conservadoras se mobilizam no Congresso Nacional com a pretensão de aprovar em plenário ainda no curso desta semana a proposta de reforma da Previdência, as centrais sindicais e os movimentos sociais intensificam a mobilização popular em defesa das aposentadorias e contra o projeto do governo Bolsonaro.