As bancadas do DEM e do PSDB anunciaram nesta terça-feira (25) que seus membros abandonarão o Conselho de Ética do Senado. Os dois partidos somam cinco membros no conselho, enquanto a base do governo tem 10 membros. Os oposicionistas pretendem com o gesto respaldar o projeto do senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), que acaba com a representação proporcional no colegiado.
Na crise do Senado, "cabe a pergunta: quem interessa confundir moral e ética e a quem interessa separar o campo da ética do campo da política?" Quem indaga é Maria Valéria Duarte de Souza(*). Professora e pesquisadora na área de Ética e Bioética, ela questiona: "O que assistimos foi uma apropriação do discurso que recorre à ética, mas que se limita a um moralismo inconsistente". Veja a ínegra do artigo A moral, a ética e a política.
Único senador cearense entre os 15 do Conselho de Ética, Inácio Arruda (PCdoB) foi um dos que votaram a favor do arquivamento de todos os processos contra José Sarney (PMDB-AP). O senador nega que isso signifique que ele faça parte da “tropa de choque” de Sarney. “Não sou da tropa de choque de ninguém. Sou do PCdoB e da base do governo”, afirma.
O economista Luis Nassif aponta, neste domingo (23), a grande ligação entre o senador José Agripino e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira como indício da pesada campanha deflagrada pelo jornal paulistano Folha de S.Paulo contra a chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma Roussef.
O ministro-chefe da Secretaria da Comunicação de Governo, Franklin Martins, afirmou ontem que a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira mente quando diz que foi chamada ao Palácio do Planalto pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que teria pedido para ela abreviar as investigações a respeito da família Sarney. "Ela está mentindo. Não sei a serviço de quem", disse Franklin.
Ao discursar no Senado nesta quarta-feira (19), o senador Inácio Arruda relatou estudo realizado pela Câmara de Comércio da Indústria Brasil Venezuela que demonstra a importância econômica daquele país para o Brasil e para a América do Sul.
Um ano após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o fim do nepotismo nos três poderes, em 20 de agosto de 2008, o Senador Inácio Arruda apresentou projeto de lei estendendo a proibição da prática a todas as concessionárias de serviço público.
A crise instaurada no Senado Federal tem circundado a figura do mandatário da casa José Sarney (PMDB-AP), ex-presidente da República e detentor de monopólios nos estados do Maranhão e Amapá. Práticas clientelistas e oligárquicas, além do amplo trânsito nas esferas de poder, não são novidades no curriculum do maranhense – tal como a biografia de muitos de seus acusadores e apoiadores.
O troca-troca de partidos começou no Senado. A época é propícia, pois termina no mês que vem o prazo de filiações para quem quiser disputar as eleições de 2010. E o momento político ajuda os senadores a usarem a crise no Senado como desculpa para poderem trocar de legenda sem perder o mandato.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ficou indignado com uma "falsa denúncia" feita pelo jornal O Estado de S. Paulo e subiu à tribuna nesta segunda-feira (17) para acusar o jornal que o denunciou. Ele disse estar sendo vítima de um processo "nazista" com o único objetivo de denegrir a sua imagem.
Entre os caciques dos partidos de oposição no Senado não há mais quem aposte na possibilidade de afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB). Na próxima quinta (20), o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), anunciou que vai submeter ao plenário do colegiado os dez recursos do PSDB e um do PSOL sobre o arquivamento das 11 denúncias contra o senador do Amapá, entre elas, o suposto envolvimento dele nos chamados atos secretos.
O 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), reagiu com um discurso indignado nesta quinta-feira (13) à divulgação de mais 468 atos secretos, datados da fase em que a Casa era presidida por seu correligionário Antonio Carlos Magalhães (BA). Heráclito chamou a divulgação de "sabotagem", "molecagem" e "ato criminoso" de "fundamentalistas" ligados ao ex-diretor-geral Agaciel Maia, que caiu no início da crise.