Em um momento em que o Oriente Médio vive dias cada vez mais tensos, com levantes populares no Egito, quando a direita em Israel segue tendo maioria dos votos, esse país, de governo claramente reacionário e sionista, resolve atacar a República Árabe da Síria. Uma clara provocação. Mas que também deixa claro quem está em cada lado do conflito. É o que veremos no artigo a seguir.
Por Lejeune Mirhan*
Grupos armados recrutam menores para usá-los nas ações bélicas com as quais procuram derrocar o governo sírio, apesar do direito internacional proibir o recrutamento de crianças como combatentes, revelou nesta quarta (6) uma emissora internacional de televisão.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira (04) que o número de refugiados sírios assim registrados na agência é de cerca de 630.000. Ainda, contando com cidadãos sírios ainda não registrados como refugiados mas que já se cadastraram, o número salta para 763.527, segundo ACNUR.
O vice-presidente do Partido do Trabalho da Turquia, Lassen Bulent Davutoglu, afirmou que o governo do premiê Recep Yayyip Erdogan colaborou com Israel no recente bombardeio contra um centro científico próximo da capital síria.
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, chegou ao Cairo nesta terça-feira (05), marcando a primeira visita ao Egito por um presidente iraniano desde a Revolução Islâmica de 1979. O objetivo da visita é a participação em uma cimeira da Organização para a Cooperação Islâmica, que começa quarta-feira (06).
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, transmitiu nesta segunda-feira (4) a mensagem do governo brasileiro sobre o fim do conflito na Síria. O Brasil quer "ter um papel" na solução do conflito e usar sua "interlocução diversificada" com membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de países da região para contribuir no processo de paz.
Em reunião neste domingo (03), o presidente sírio Bashar Al-Assad e o presidente do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Said Ialili, condenaram os ataques aéreos israelenses a um centro de pesquisa próximo a Damasco, na semana passada. Também o primeiro-ministro turco Recep Tayyep Erdogan protestou contra os ataques e contra a falta de reação da ONU.
Confrontos entre combatentes sunitas e xiitas próximos ao campo de refugiados palestino Ein el-Helweh, no sul do Líbano, deixaram ao menos quatro soldados mortos e outras sete pessoas feridas nesta sexta-feira (01), segundo oficiais da segurança. No último domingo (27) houve confrontos entre seguidores do líder salafista Ahmad al-Assir e membros do Hezbollah, xiita.
Nesta quinta-feira (31), a Síria queixou-se à ONU pelo ataque israelense do dia anterior, evocando o acordo de cessar-hostilidades de 1974. Segundo a rede Al-Jazeera, o “Ministério de Relações Exteriores convocou Iqbal Singha, comandante da Força de Observação do Cessar-fogo da ONU e informou-o sobre um protesto oficial pela violação do acordo de 1974 por parte de Israel”.
Israel notificou aos Estados Unidos que planejava ataques aéreos contra a Síria, revelou nesta quinta (31) o jornal The New York Times, baseado em informações de funcionários públicos estadunidenses.
Aviões israelenses violaram, nesta quarta (30), o espaço aéreo sírio e bombardearam um centro de pesquisas, denunciaram o Comando geral do Exército sírio e as Forças Armadas do país. O ataque – que não foi confirmado nem negado por Tel Aviv – é a primeira ação direta de forças estrangeiras contra o país, após 22 meses de conflito, e provocou a reação de organizações e governos de várias partes do mundo.
A Rússia voltou a reforçar o posicionamento de não interferência na política interna síria, em mais uma crítica ao apoio de várias potências ocidentais e de países do Golfo Pérsico, assim como da Turquia, às forças da oposição.