Relator geral do Orçamento, o bolsonarista Márcio Bittar cortou gastos obrigatórios, como Previdência, para acomodar R$ 29 bilhões em emendas parlamentares relativas a acordos com o Centrão
A proposta orçamentária da União para este ano foi aprovada pelo Congresso Nacional no final de março. O texto causa polêmica devido a cortes de R$ 26,45 bilhões em despesas obrigatórias, como Previdência Social, abono-salarial e seguro-desemprego
PEC 186 institui mais um pacote de arrocho fiscal em troca de auxílio emergencial insuficiente
O relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC) cortou despesas obrigatórias da ordem de R$26,5 bilhões para acomodar volume recorde de emendas parlamentares
Todos os outros servidores públicos do país tiveram os salários congelados com a aprovação da PEC Emergencial
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A pandemia escancarou como esse teto é danoso e é bom relembrar que a economia tupiniquim estava estagnada, mesmo antes dos efeitos catastróficos da praga.
Em live do Valor Econômico, Armínio Fraga disse também que parte do empresariado já não apoia Jair Bolsonaro. Segundo ele, “caiu a ficha” de que situação não é sustentável.
Até economistas ortodoxos defendem a continuidade do auxílio emergencial e “correções” no teto de gastos, como medidas econômicas elementares no momento.
Na esteira do grave drama social com a pandemia do novo coronavírus, a palavra de ordem para 2021 é incerteza. Tudo dependerá da acomodação política.
Raul Velloso, economista ortodoxo e especialista em contas públicas, disse que demais países estão emitindo moeda e que Brasil busca soluções “difíceis”.
Paulo Guedes sabe que, passadas as eleições, será o momento de decidir questões em suspenso. O ministro grita porque seu time é o mais fraco.