A recente denúncia do Ministério Público contra o coronel Curió terminou por mencionar um romance escrito por mim. Da Europa aos Estados Unidos, a ditadura brasileira é manchete. E creiam: na Itália, no desenvolvimento dessa notícia, hoje se mencionou Os Corações Futuristas, um romance escrito por este colunista.
Por Urariano Mota*
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira (16) que não vai opinar sobre a decisão do Ministério Público Federal (MPF) de denunciar à Justiça o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió, por crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). Segundo Amorim, o Ministério Público é um órgão autônomo.
No bojo da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o Coronel reformado do Exército Sebastião Curió por crimes de sequestro qualificado contra cinco militantes comunistas durante a guerrilha do Araguaia (1972-1975) está o ineditismo de ser a primeira ação criminal contra agentes da repressão política que atuaram para sufocar a resistência democrática contra o regime, que mergulhou o país numa noite histórica de 21 anos marcada pela censura, prisões, torturas e desaparecimentos.
O Ministério Público Federal deve ajuizar nesta quarta-feira (14) uma ação contra o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, pelo sequestro de cinco combatentes da Guerrilha do Araguaia (1972-1975).
A Força de Pacificação do Exército, que ocupa os complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, informou hoje (12) que está acompanhando a investigação da Polícia Civil sobre a tortura de um morador da Vila Cruzeiro, na Penha, que acusa os militares de o terem detido e torturado no sábado (10).
O vídeo abaixo foi divulgado pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Tortura do Espírito Santo, vinculada ao Tribunal de Justiça do Estado. A peça exibe cenas de tortura imposta a presos no Centro de Detenção Provisória da cidade de Aracruz. Uma cadeia classificada como “modelo”. O governo do Estado, chefiado pelo ex-senador Renato Casagrande (PSB), afastou os três diretores do presídio e quatro agentes penitenciários.
Um agente da repressão pós-64 fala (muito) à repórter Marina Amaral: torturas, assassinatos, intimidades com mídia, os bancos, a CIA…
Por Marina Amaral, da Agência Pública
A Revista de História da Biblioteca Nacional, publicada pela Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional, publicada desde julho de 2005, destaca-se no cenário editorial pela junção de seriedade historiográfica – e científica, portanto – e leveza jornalística com que trata temas de grande interesse não apenas dos historiadores, professores e aficionados, mas principalmente do público em geral.
A foto de Dilma Rousseff sendo interrogada por funcionários da ditadura tem se prestado a várias leituras. A cena dos dois homens escondendo o rosto com a mão assemelha-se muito à imagem de criminosos escondendo a face para não serem reconhecidos. Eles são autores de crimes que definem a verdadeira impunidade que ainda precisa ser enfrentada no Brasil.
Por Katarina Peixoto
O restos mortais do hispano-venezuelano Miguel Sabat Nuet, morto sob tortura em 1973 pelo sistema de repressão da ditadura militar brasileira (1964-1985), foram entregues nesta segunda-feira (12) à sua família.
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) instala nesta terça-feira (06), no auditório da instituição (Rua Tenente Benévolo, 1055, Meireles) o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura, dando posse aos seus membros e promove o lançamento de uma cartilha com orientações sobre o tema.
Neste domingo, dia 11, o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro vai inaugurar um memorial em homenagem aos mortos pela ditadura militar. O ato vai acontecer no cemitério de Ricardo de Albuquerque, onde diversas pessoas assassinadas na época foram enterradas como indigentes.