Contra a PEC 241, que congelará investimentos em educação nos próximos 20 anos, a Reforma do Ensino Médio, que intensificará a precarização da educação pública e o conservadorismo da Lei da Mordaça, estudantes já ocupam 292 colégios, em várias regiões do país. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), acompanha ativamente o processo e divulgou uma lista nesta quinta-feira (13), com o nome das escolas tomadas pelos estudantes.
Apesar do empenho da grande mídia em rasgar elogios à PEC 241, milhares de brasileiros conhecem o seu conteúdo nocivo em saem às ruas, em diversas cidades, para exigir sua revogação. Conhecida também como PEC do Fim do Mundo, a proposta pretente congelar, durante os próximos 20 anos, investimentos em saúde e educação, retirando da parcela da sociedade que mais precisa, suas mínimas garantias constitucionais.
O pacote de maldades do governo Temer para agonizar a educação pública e entregá-la ao setor privado vem causando revolta entre os estudantes. Contra a PEC 241, que congelará investimentos na área da educação durante os próximos 20 anos, a antidemocrática Reforma do Ensino Médio e o corte de verbas na àrea, entidades estudantis e a Frente Povo sem Medo convocam uma manifestação, nesta quarta-feira (11), na capital paulista.
Após sete horas de ocupação do gabinete da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista, jovens liderados pela União Nacional dos Estudantes, saíram na noite desta segunda-feira (10) do prédio entoando palavras de ordem e prometeram mais ocupações e resistência ao avanço do governo Michel Temer aos direitos da população.
Em defesa do ensino público, secundaristas já ocupam 103 escolas em todo o país. Somente no Paraná, 90 colégios encontram-se sob posse dos estudantes. Há também escolas ocupadas em São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e no Distrito Federal.
O pacote do governo Temer para sucatear a educação vem provocando uma onda de revolta entre os estudantes. Para dizer não a Reforma do Ensino Médio, O Projeto Escola sem Partido e a PEC 241, que pretendem intensificar o sucateamento, a falta de democracia e a precarização do ensino público, 46 escolas e Institutos Federais, em todo Brasil, já estão ocupadas pelos secundaristas.
Por Laís Gouveia
Com paralisações, ocupação nas escolas, ato nas ruas, debates e aulas públicas, em todo Brasil, estudantes encabeçam nesta quarta-feira (5), o Dia Nacional de Mobilização contra o desmonte da educação. Em resposta à Medida Provisória, que pretende mudar o Ensino Médio de forma autoritária, os secundaristas organizam um calendário de manifestações comandado pelos grêmios estudantis, pela Ubes e as centrais sindicais.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) organizaram nessa sexta-feira (30), uma conferência para pautar a autoritária medida provisória de reformulação do ensino médio, imposta pelo governo golpista de Michel Temer.
Após anunciar, na última quinta-feira (22), Medida Provisória sobre mudanças no Ensino Médio sem realizar audiência pública, Governo Temer provoca fúria dos estudantes que em resposta iniciam nova onda de ocupações dando continuidade à Primavera Secundarista.
Unidos à luta dos professores e dos trabalhadores, os estudantes realizaram nesta quinta (22), o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização. Com ação em suas escolas, os jovens falam sobre o anúncio do Ministério da Educação que anunciou a reformulação do Ensino Médio por meio de uma Medida Provisória (MP), sem diálogo com os movimentos educacionais.
A presidenta da União Brasileira de Estudantes Secudaristas (Ubes), Camila Lanes, fala da repressão que os protestos contra Michel Temer vem sofrendo no país e da ação truculenta da Polícia Militar. Durante manifestação em São Paulo, nesta sexta (2), ela conta que os ataques a manifestantes vêm das ruas e das redes e narra que tem sido ameaçada de morte. Camila, contudo, defende que isso não vai barrar a resistência ao golpe: "Nossa vida não é tão importante quanto a democracia do nosso país".
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, somam forças aos manifestantes que prestam apoio à presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, e que também lutam contra o golpe jurídico, parlamentar e midiático que chega ao seu desfecho no Senado nesta quarta-feira (31).