Nesta segunda-feira, em 14 de abril, expira o prazo de mais um ultimato apresentado aos apoiantes da federalização no Sudeste da Ucrânia. No entanto, os ativistas têm rejeitado condições propostas pelo governo provisório.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência neste domingo (13), para discutir a escalada da crise na Ucrânia, horas antes do ultimato do governo interino ucraniano aos rebeldes nas cidades separatistas do leste. A reunião foi convocada pela Rússia, classificando de “criminoso” o plano do governo ucraniano de mobilizar o Exército contra os separatistas, que continuam negando a legitimidade do golpe conduzido pelos que tomaram o poder, com apoio ocidental.
A situação na Ucrânia continua a desdobrar-se por vias obviamente jamais planejadas pelos arquitetos do golpe (CIA, neoconservadores à moda Victoria Nuland, Geoffrey Pyatt, Michael McFaul, Barack Obama, George Soros e os acólitos de Zbigniew Brzezinski) que comandam o establishment da política externa dos EUA.
Por John Robles, na Voz da Rússia
Com repressão e a recusa a dialogar sobre um futuro comum em uma nação magnânima e diversa, o governo em Kiev arrasta a Ucrânia a uma guerra interminável e destrutiva para os alicerces do Estado e sua integridade territorial.
O promotor geral da Rússia, Iúri Tchaika, assegurou nesta sexta-feira em Simferópol, Crimeia, que Víktor Ianukovitch é o legítimo chefe de Estado de Ucrânia e descartou uma extradição solicitada pelos governantes impostos em Kiev depois de sua derrubada.
Organizadores do protesto na cidade ucraniana de Donetsk, no leste do país, anunciaram nesta quinta-feira (10) a criação de um Exército popular e a decisão de defender o território de um assalto por tropas mobilizadas para a região rebelde pelo governo golpista.
A Otan disfarça sua ingerência na Ucrânia usando mercenários para treinar extremistas que depois se convertem em repressores do governo ucranianos depois da derrocada do presidente Víktor Ianukovitch, denunciaram especialistas nesta quarta-feira (9) em Moscou.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen, de usar a crise na Ucrânia para mobilizar a aliança militar contra uma “ameaça russa imaginária” e para justificar a existência do bloco em pleno século 21. Já nesta quarta-feira (9), o comandante da Força Aérea estadunidense a cargo da presença militar da Otan na Europa, general Philip Breedlove, disse que os EUA podem enviar tropas à região em breve.
A crise profunda e generalizada na Ucrânia é tema de grave preocupação para a Rússia. Entendemos perfeitamente bem a posição de um país que se tornou independente há apenas 20 anos e que ainda tem pela frente tarefas complexas na construção de um estado soberano.
Por Serguei Lavrov, no The Guardian
O deputado independente e candidato à presidência Serguei Tigipko desmentiu nesta quarta-feira (9) a suposta presença de militares russos e a existência de reféns no edifício do Serviço de Segurança da Ucrânia, na oriental cidade de Lugansk, ocupado por manifestantes.
Em uma reunião com oficiais do governo da Rússia, nesta terça-feira (8), o presidente Vladimir Putin disse que o país não pode continuar a sustentar a economia declinante da Ucrânia. Para Putin, esta responsabilidade deve ser dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que reconheceram prontamente as novas autoridades no governo ucraniano, mas ainda não enviaram fundos para apoiar a sua economia.
O Partido Comunista da Federação Russa tem a intenção de enviar seus representantes para Donietsk, Lugansk e Carcóvia, em apoio às manifestações pelos direitos do leste da Ucrânia, declarou o vice-presidente do Comitê Central do PCFR, Valiéri Ráchkin, após encerrar uma reunião mantida com dirigentes do partido.