Com repressão e a recusa a dialogar sobre um futuro comum em uma nação magnânima e diversa, o governo em Kiev arrasta a Ucrânia a uma guerra interminável e destrutiva para os alicerces do Estado e sua integridade territorial.
O promotor geral da Rússia, Iúri Tchaika, assegurou nesta sexta-feira em Simferópol, Crimeia, que Víktor Ianukovitch é o legítimo chefe de Estado de Ucrânia e descartou uma extradição solicitada pelos governantes impostos em Kiev depois de sua derrubada.
Organizadores do protesto na cidade ucraniana de Donetsk, no leste do país, anunciaram nesta quinta-feira (10) a criação de um Exército popular e a decisão de defender o território de um assalto por tropas mobilizadas para a região rebelde pelo governo golpista.
A Otan disfarça sua ingerência na Ucrânia usando mercenários para treinar extremistas que depois se convertem em repressores do governo ucranianos depois da derrocada do presidente Víktor Ianukovitch, denunciaram especialistas nesta quarta-feira (9) em Moscou.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen, de usar a crise na Ucrânia para mobilizar a aliança militar contra uma “ameaça russa imaginária” e para justificar a existência do bloco em pleno século 21. Já nesta quarta-feira (9), o comandante da Força Aérea estadunidense a cargo da presença militar da Otan na Europa, general Philip Breedlove, disse que os EUA podem enviar tropas à região em breve.
A crise profunda e generalizada na Ucrânia é tema de grave preocupação para a Rússia. Entendemos perfeitamente bem a posição de um país que se tornou independente há apenas 20 anos e que ainda tem pela frente tarefas complexas na construção de um estado soberano.
Por Serguei Lavrov, no The Guardian
O deputado independente e candidato à presidência Serguei Tigipko desmentiu nesta quarta-feira (9) a suposta presença de militares russos e a existência de reféns no edifício do Serviço de Segurança da Ucrânia, na oriental cidade de Lugansk, ocupado por manifestantes.
Em uma reunião com oficiais do governo da Rússia, nesta terça-feira (8), o presidente Vladimir Putin disse que o país não pode continuar a sustentar a economia declinante da Ucrânia. Para Putin, esta responsabilidade deve ser dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que reconheceram prontamente as novas autoridades no governo ucraniano, mas ainda não enviaram fundos para apoiar a sua economia.
O Partido Comunista da Federação Russa tem a intenção de enviar seus representantes para Donietsk, Lugansk e Carcóvia, em apoio às manifestações pelos direitos do leste da Ucrânia, declarou o vice-presidente do Comitê Central do PCFR, Valiéri Ráchkin, após encerrar uma reunião mantida com dirigentes do partido.
Os recentes acontecimentos no Leste da Ucrânia são provas convincentes de que a população de língua russa (e a de língua ucraniana também) não pretende tolerar os neonazistas, exportados para lá do Oeste do país, inclusive a partir da região de Ivano-Frankovsk.
A integração europeia da Ucrânia é uma parte importante do plano norte-americano de contenção estratégica da Rússia. O principal objetivo dos esforços de Washington permanece inalterado desde os tempos da presidência de Bill Clinton, afirma o jornalista norte-americano Steve Weissman.
Por Igor Siletsky, na rádio Voz da Rússia
A Rússia está disposta a negociar com os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia, e as conversações podem começar em 10 dias, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, de acordo com a emissora Russia Today, em matéria desta terça-feira (8).