Nós, venezuelanos, assistimos a um novo ciclo de fatos violentos e, mais uma vez, se faz necessário um talento crítico que permita avaliar a situação sem cair em leituras interessadamente distorcidas.
Por Manuel E. Gándara Carballido*, na Carta Maior
Os protestos violentos voltaram a acontecer na noite desta quarta-feira (19) em Valencia, San Cristóbal e Caracas, capital da Venezuela. Em um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, o presidente venezuelano alertou para a existência de um plano para levar o país ao “caos social, político e militar” para gerar uma “crescente espiral de ódio e confrontação de povo contra povo e logo justificar o injustificável, o chamado a uma intervenção militar nos assuntos internos da Venezuela”.
Cerca de cem pessoas, representando movimentos sociais, partidos políticos e entidades de esquerda se reuniram, nesta quarta-feira (19), diante do Consulado da Venezuela em São Paulo em um ato em apoio à Revolução Bolivariana e em solidariedade ao presidente Nicolás Maduro e ao povo venezuelano. Do ato convocado pela direita, para o mesmo local, mas contra o chavismo, compareceram apenas seis pessoas.
Por Vanessa Martina Silva, do Portal Vermelho
Depois de doze anos, quando tentou empalmar o poder pela força através de um golpe de Estado, a oligarquia reacionária venezuelana volta a empreender uma aventura contrarrevolucionária.
Por José Reinaldo Carvalho*
O Vermelho entrevistou o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Alemão Abreu, para entender a conjuntura política da Venezuela. Segundo ele, há um novo padrão de intervenção da direita na América Latina e o que está acontecendo no país é a aplicação desta tática de desestabilização, uma vez que a oposição não tem força política suficiente para enfrentar os governos de esquerda de forma democrática. Leia a seguir a íntegra da entrevista.
Por Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho
Vereadora do Rio de Janeiro, Leila do Flamengo (PMDB), discursa contra Nicolás Maduro, o qual ela nomeou ‘ditador criminoso’ da Venezuela, mas o confunde com Seu Madruga, da série de TV "Chaves". O pronunciamento revela não só a desinformação da parlamentar em relação à realidade do país irmão, mas também o sentimento reacionário que ainda existe em muitos setores no Brasil.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, chamou o governo e a oposição na Venezuela ao diálogo e disse estar “disposto” a contribuir com qualquer ação que permita restabelecer a estabilidade no país vizinho. “Estamos preocupados com os últimos acontecimentos. Por isso, faço um chamado à calma, um chamado para estabelecer canais de comunicação entre as diferentes forças políticas”, declarou durante reunião ministerial nessa terça-feira (18).
Durante um ato de solidariedade com a Venezuela, na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap), em Havana, o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Balanguer, afirmou aos jornalistas que o “império” (se referindo aos EUA) tenta destruir a revolução venezuelana.
Durante uma reunião com o alto escalão militar, a ministra da Defesa da Venezuela, Carmen Meléndez, enfatizou nesta terça-feira (18) que a Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) não aceitará “um governo que não surja pela via constitucional”.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou nesta terça-feira (18) que o governo disse que o governo de Dilma Rousseff "acompanha com muita atenção" o desenvolvimento da situação política na Venezuela. O chefe do Itamaraty disse que, para a resolução das tensões, confia em "uma convergência" que busque o estrito "respeito às instituições democráticas".
Em nota oficial a União da Juventude Socialista (UJS) repudia a tentativa de golpe da oposição venezuelana e declara apoio ao presidente democraticamente eleito, Nicolás Maduro, e ao povo venezuelano.
Diante dos últimos acontecimentos na Venezuela, em que a oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro convocou manifestações que resultaram em atos de violência, resultando em três mortos, movimentos sociais, partidos políticos, organizações sindicais, feministas, estudantis brasileiras participação, nesta quarta-feira (19), em São Paulo, de um ato em defesa da revolução bolivariana e em solidariedade ao governo do presidente Nicolás Maduro.