Segundo promotor, solicitação para a quebra de sigilo bancário foi feita há cerca de dois meses na cidade onde o prefeitou foi assassinado na última sexta-feira
Após cinco buscas fracassadas pelas armas usadas na morte do prefeito de Jandira (Grande SP), Walderi Braz Paschoalin (PSDB), a polícia quer se dedicar aos depoimentos para descobrir a motivação do assassinato.
O sentimento de indignação e consternação tomou conta de professores e alunos que participaram da manifestação promovida pelo Sinpro Minas na Praça 7, em Belo Horizonte, em protesto contra a violência nas escolas e em solidariedade aos familiares e amigos do professor Kássio Vinícius Castro Gomes. O docente foi morto por um aluno dentro do Centro Universitário Izabela Hendrix, nessa terça-feira (7/12).
O prefeito de Jandira (SP), Braz Paschoalin (PSDB), e seu segurança e motorista foram mortos a tiros por volta das 8h desta sexta-feira (10/12), quando chegavam à Rádio Astral FM para um programa semanal do prefeito.
O risco de um jovem negro ser assassinado cresceu entre 2005 e 2007 no país, chegando a uma probabilidade 3,7 vezes maior em relação a um jovem branco.
Dois adolescentes a cada grupo de mil jovens de 12 a 18 anos foram assassinados, em 2007, nos 266 municípios com mais de 100 mil habitantes, aponta o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). Caso essa taxa de mortalidade juvenil (2,67) seja mantida, a projeção é de que 33 mil adolescentes sejam mortos até 2013.
De maio a outubro deste ano, quatro trabalhadores rurais, cujos nomes constariam numa “lista” de marcados para morrer, foram assassinados na área ainda não desapropriada da Fazenda Cristalino, localizada nos municípios de Santana do Araguaia e Santa Maria das Barreiras, no Pará, ocupada por cerca de 600 famílias desde 2008.
No vídeo abaixo, um morador da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, afirma que a polícia lhe roubou 31 mil reais. Ele se diz favorável a ação da polícia na comunidade, mas também protesta veementemente contra o que chama de "maus policiais". As denúncias de moradores da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão sobre abusos praticados durante as ações policiais revelam o outro lado das operações contra o tráfico de drogas no Rio.
Nas últimas semanas a cidade maravilhosa viveu sob forte tensão e medo em função dos ataques criminosos promovidos por bandidos desesperados e a possibilidade de derramamento do sangue de inocentes na resposta da polícia.
Duas cenas chamaram a atenção no conflito da semana passada: o contorno dos morros ocupados desordenadamente por 400 mil moradores dos complexos da Penha e do Alemão e os acenos de moradores com lençóis brancos.
Por Márcio Marques*
Em dez anos, mais de 5 mil pessoas perderam suas vidas em resultado de acões da polícia no estado do Rio de Janeiro. Essas vítimas são, em sua maiora, negros, jovens e pobres. Suas mães choram sua memória e falam de sua dor.
O Secretariado estadual do PCdoB do Rio de Janeiro se pronunciou no dia 30 sobre as ações de combate à violência levadas a cabo pelo governo do estado nos últimos dias. A estratégia adotada mostrou, segundo o Partido, que “não existe Estado paralelo que resista à união entre a inteligência, determinação política e apoio popular”.
