O secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu ao governo britânico para não intervir na Embaixada do Equador em Londres, onde se encontra o fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Julian Assange fez neste domingo (19) sua primeira aparição pública em dois meses na sacada da embaixada equatoriana em Londres. O fundador do WikiLeaks agradeceu a todos os que o estão apoiando em seu pedido de asilo ao Equador, em especial as nações latino-americanas. Ele pediu a liberdade para Bradley Manning e disse os Estados Unidos precisam acabar com a "caça às bruxas contra o WikiLeaks".
Por 23 votos a 3, e com 5 abstenções, representantes de 31 países aprovaram, na noite passada, uma reunião extraordinária de ministros das Relações Exteriores na Organização dos Estados Americanos (OEA). Na reunião, prevista para o próximo dia 24, será discutido o impasse entre o Equador e o Reino Unido, provocado pela presença do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada equatoriana em Londres.
Diante da tensão instalada após a diplomacia britânica se revelar disposta a invadir a embaixada do Equador em Londres para capturar o jornalista Julian Assange, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira (17) que se solidariza com o governo de Rafael Correa e que não há como ignorar a “inviolabilidade das instalações das representações diplomáticas no exterior”.
O Equador tomou a decisão correta: oferecer asilo político a Julian Assange. Ela segue-se a um incidente que pode dissipar as dúvidas sobre que motivos levam os governos britânico e sueco a tentar extraditar o fundador do Wikileaks.
Por Mark Weisbrot*, em Outras Palavras
O ex-orgulhoso governo britânico, reduzido hoje a prostituta servil de Washington, vestiu os coturnos da Gestapo e declarou que, se a Embaixada do Equador em Londres não lhe entregar Julian Assange de WikiLeaks, soldados britânicos invadirão o prédio e arrancarão Assange de lá. O Equador não se intimidou. “Queremos ser aqui bem claros: não somos colônia britânica” – respondeu o ministro de Relações Exteriores do Equador.
Por Paul Craig Roberts, no Institute for Political Economy
O premiê britânico, David Cameron, ordenou nesta sexta (17) acalmar os ânimos na disputa com o Equador pelo caso do fundador do portal Wikileaks, Julian Assange. Apesar disso, um enorme aparato de segurança mantém cercada a embaixada equatoriana em Londres.
O presidente Evo Morales disse nesta sexta-feira (17) que a Bolívia vai defender a dignidade e a soberania do Equador e da América Latina, diante das ameaças do Reino Unido de agredir a embaixada equatoriana em Londres para prender o fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Os países-membros da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) expressaram, através de um comunicado, repúdio pela ameaça do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana em Londres para prender o jornalista Julian Assange, fundador do Wikileaks.
"Não atirem no mensageiro!", gritavam os manifestantes que protestavam em frente à embaixada equatoriana, em Londres, em apoio a Julian Assange, criador do Wikileaks, asilado desde quinta-feira (16) pelo governo daquele país e abrigado na embaixada há quase dois meses. Nesta sexta (17), permanece a expectativa sobre o futuro de Assange, que promete um discurso em frente ao prédio onde está abrigado, no domingo (19).
O deputado Federal João Ananias (PCdoB-CE) considera inaceitável a posição da Inglaterra em relação ao asilo político que o Equador concedeu ao fundador do site Wikileaks, Julian Assange, acusado de divulgação de documentos secretos de vários governos. O ativista está refugiado, há dois meses, na embaixada equatoriana na Inglaterra. “A decisão do Equador tem de ser respeitada”, ressalta João Ananias.
O Conselho Permanente da Organização de Estados Americanos (OEA) se reunirá nesta sexta-feira (17), em Washington, para submeter à votação a proposta equatoriana de convocar um encontro de chanceleres para o próximo dia 23.