CTB/DF realiza ato popular no 1º de Maio
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil/DF realizou um grande ato popular no 1º de Maio.
Juntamente com a Nova Central, CGTB e UGT, a CTB realizou um grande ato na Praça do Relógio, centro de Taguatinga.
O ato que re
Publicado 02/05/2008 16:29 | Editado 04/03/2020 16:42
Veja o manifesto entregue pelas centrais sindicais no DF:
1° de Maio é uma das datas mais importantes do calendário. Celebra a classe trabalhadora,aquela que constrói a riqueza do país. Mas, não obstante ser um dia de comemorações,não se pode esquecer o principal caráter desse dia: MOBILIZAÇÃO E LUTA.
E o atual momento é decisivo para a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O governo do Presidente Lula mudou a agenda do país. A política de desenvolvimento propiciou o aumento da renda dos trabalhadores,valorizando o salário mínimo e reduzindo as desigualdades sociais. A política econômica, salvo ações de alguns antipatriotas do Banco Central, é um sucesso.
Sucessivos recordes de geração de empregos formais; o fim da entrega do patrimônio público; os programas sociais de combate à pobreza e as obras do PAC têm tido forte apoio na sociedade brasileira. Os movimentos sociais, principalmente de trabalhadores, tem tido amplo espaço junto ao governo.
O veto à Emenda 03, o envio ao Congresso das Convenções 151 e 158 da OIT (que tratam da negociação coletiva no serviço público e acabam com a demissão sem justa causa, respectivamente), além do reconhecimento formal das Centrais Sindicais, são provas claras da agenda positiva implantada hoje no país.
Entretanto, temos muitas lutas pela frente. A principal delas é a plena implementação do Plano de Aceleração do Crescimento. Por ter como principal aspecto a retomada do papel do Estado, enquanto indutor e promotor do desenvolvimento, o PAC é um divisor de águas na história recente do Brasil.
Outra frente de luta imperativa é a mudança da política de juros conduzida pelo Banco Central. Está na hora do seu presidente encontrar caminhos que não contrariem os esforços do Governo Lula e da sociedade brasileira que lutam para crescer de forma sustentada. Juros altos beneficiam apenas o capital especulativo. Juros altos aumentam a dívida pública. Juros altos são contra a produção, o crédito e o consumo. Aumentá-los ainda mais significa impor obstáculos ao desenvolvimento com distribuição de renda e valorização dos trabalhadores e trabalhadoras. Impõe redução no ritmo de geração de empregos. Eleva o valor das prestações de produtos que o trabalhador deseja e precisa comprar.
O único motivo para um aumento dos juros é doar o dinheiro do povo brasileiro para os grandes bancos, principalmente internacionais,que estão quebrando com a crise nos EUA.
Frente a isso, o conjunto da sociedade brasileira precisa fechar questão e exigir o fim dessa política de entrega do dinheiro do povo. São notórios os êxitos do governo no campo da geração de empregos.
No entanto, precisamos aprofundar os esforços. A luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários é histórica e, quando travada em momentos, como o atual, de crescimento da economia e dos salários, quando as empresas prosperam, tem mais possibilidades de vitória. É hora de exigirmos a redução constitucional da jornada, de 44 para 40 horas semanais. Isso garante a criação imediata de mais de dois milhões de novos empregos.
Além disso, garante mais tempo livre para os trabalhadores dedicarem-se à família, ao estudo, à qualificação profissional, ao descanso e ao lazer. Especialmente a mulher trabalhadora, submetida à dupla jornada de trabalho. Sabemos que essa conquista só virá com a luta de todo o povo trabalhador do Brasil.
No caso específico do DF é preciso uma imediata mudança de rumos. Historicamente, a economia local sofreu forte dependência do setor público. Tal modelo se esgotou. É necessário um plano de industrialização capaz de colocar o DF no caminho do desenvolvimento. O PAC do DF é irrisório. Urge ampliá-lo. Os rumos do atual governo devem ser traçados na direção do desenvolvimento do DF em consonância com a política de desenvolvimento nacional.
Enquanto isso, as últimas pesquisas do DIEESE, mostram que o DF está, proporcionalmente, em segundo lugar no país em termos de desemprego. A taxa de desocupados é de 16,9% da PEA. Isso equivale a 221 mil pessoas. Cerca de 44% desse total é de jovens com idade entre 16 e 24 anos. Esses números repercutem diretamente no aumento da criminalidade
no DF e Entorno. O desemprego é uma das mais cruéis formas de violência contra a dignidade humana. É uma agressão ao direito de sustentar-se e sustentar seus dependentes. Essa situação gera por sua vez, um ciclo vicioso, no qual não se produz porque não há consumo e não se consome porque o desemprego tira essa possibilidade.
Por isso, urge que apresentemos respostas cada vez mais imediatas e dinâmicas, sob pena de vermos surgirem no DF bolsões de pobreza e violência, somente comparados aos maiores centros urbanos do mundo.
Iniciativas como o aumento das verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que hoje investe somente 800 milhões no Distrito Federal (um dos menores do País), para nove bilhões até o ano de 2010, são fundamentais
para a reversão deste quadro.
Afinal, seriam investimentos nas áreas de Habitação, Energia, Infra-estrutura e Projetos Industriais que teriam o condão de promover uma dinamização da economia local, gerando empregos e distribuindo renda. Além do que, significaria uma mudança na política de investimentos no DF, que hoje depende de recursos externos, mais caros e cuja contrapartida é a alienação de empresas estatais.
Por isso, defendemos uma política de defesa e valorização das empresas públicas do DF, como o BRB, CEB, CAESB e METRÔ. São patrimônios do povo do Distrito Federal e alavancas fundamentais para o nosso Desenvolvimento.
Diante disso, defendemos:
•Criação do Parque Industrial do DF e Entorno,
incluindo a Cidade Digital;
•Reativação do PRÓ-DF, com incentivos
fiscais e compromisso de metas de geração
de empregos;
•Extensão da Ferrovia NORTE-SUL até o DF;
•Efetiva integração do transporte público, com
a ampliação das linhas do Metrô e criação;
•Estruturação da linha de ferro para o transporte
de passageiros, ligando o entorno Sul
até a rodoviaria;
• Criação do salário minimo regional do DF
com valor de R$ 600,00;
• Fim das terceirizações no GDF;
• Abertura de concursos públicos no DF;
• Fim da política de privatizações;
• Reforma Agrária e linhas de créditos para
os trabalhadores rurais do DF.
De Brasília
Gustavo Alves