Críticas e apoios à greve dos agentes penitenciários na ALMG

Onze deputados, seis deles da oposição, se manifestaram, durante a Reunião Extraordinária de ontem (28), a respeito dos agentes penitenciários, que pemaneceram em greve por dois dias e voltaram ao trabalho após o movimento ter sido considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça. A reunião ocorreu no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O líder do PT, deputado Padre João explicou que, em solidariedade ao movimento dos agentes penitenciários, o bloco do PT, PMDB e PCdoB haviam decidido obstruir a pauta e não votar nenhum projeto do governador até que o impasse fosse resolvido. Eles protestam contra a demissão de quase 600 agentes contratados e a suspensão de 220 efetivos, definidas pelas portarias 72 e 73, da Secretaria de Defesa Social. Segundo o parlamentar, a votação só foi definida "em respeito aos servidores do TJ", que aguardava a aprovação do ADE.

Carlin Moura (PCdoB), os petistas Adelmo Carneiro Leão e Paulo Guedes, e os deputados do PMDB Antônio Júlio, Vanderlei Miranda protestaram contra a medida que consideraram "arbitrária", "irresponsável" e "truculenta", adjetivos que recebiam aplausos dos manifestantes presentes.

O líder da maioria, deputado Domingos Sávio (PSDB), reagiu às críticas feitas ao governo estadual. Segundo ele, durante a paralisação houve episódios de violência de alguns grevistas que colocaram em risco a vida de outros agentes. O parlamentar afirmou que viu fotos e vídeos que comprovam os atos de vandalismo e disse que acredita que muitos dos agentes foram "insuflados" a entrar na greve por outros cujo propósito era fazer política eleitoreira e agredir a imagem do governador Aécio Neves. Ele foi vaiado pela plateia, que só se conteve após a intervenção do 1º-vice-presidente, deputado Doutor Viana (DEM), que presidiu a reunião e explicou que essa reação é proibida, com base na liberdade que o deputado tem de se manifestar.

Os deputados tucanos Dalmo Ribeiro Silva, João Leite, Lafayette de Andrada e Zé Maia também saíram em defesa do governo estadual e confirmaram as denúncias apresentadas pelo líder. "Toda ação gera uma reação. Este foi um fato que deflagrou consequências", sustentou Andrada. Eles também sugeriram que os servidores busquem o entendimento pelo diálogo para tentar solucionar o problema.

Fonte – ALMG