Aumento real do salário mínimo é questão de justiça social

O efeito cascata do reajuste nos salários dos deputados federais de 61,8% repercutiu em quase todos os legislativos do país, conforme informações vinculadas pela imprensa nacional. Infelizmente, o Congresso Nacional, na semana que antecedeu o Natal, não teve a mesma sensibilidade para com os trabalhadores. *Guiomar Vidor – Presidente da Fecosul e da CTB/RS.

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O Congresso, ao mesmo tempo que concedeu o pomposo reajuste para os parlamentares, negou um amento real para o salário mínimo nacional, fixando-o em R$ 540,00, determinando-lhe um reajuste de apenas 5,88%, bem abaixo dos R$ 580,00 reivindicados pela CTB e demais centrais sindicais.

A permanecer este valor, veremos interrompido um ciclo de crescimento real do salário mínimo, colocado em prática no governo Lula, através de negociação com a representação dos trabalhadores.

São mais de 47 milhões de brasileiros que dependem direta ou indiretamente deste reajuste. Além de representar um ponto negativo para o encerramento do atual governo, estará na contramão da promessa de campanha do novo governo que se propôs a erradicar a pobreza no Brasil.

É papel das entidades de trabalhadores e dos partidos comprometidos com o aprofundamento das mudanças em nosso país, em particular os que fazem parte da base do governo Dilma, mobilizar a sociedade e pressionar a equipe econômica do novo governo para que o valor do salário mínimo acompanhe o aumento real obtido no último período, elevando-o para os R$ 580,00 reivindicados pelas centrais sindicais. Desta forma estaremos contribuindo para distribuição de renda e a erradicação da pobreza no Brasil.

Guiomar Vidor
Presidente da Fecosul e da CTB/RS.