Senadores dos EUA pedem extradição de Bolsonaro

Base do Partido Democrata pede que Biden faça análise de pedido de extradição; Lula viaja para os Estados Unidos dia 10.

Foto: Senate Television via AP

No dia 10 de fevereiro o presidente Lula tem visita marcada com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca.

No que depender de nove congressistas norte-americanos do Partido Democratas, Lula não pisará no solo dos EUA com o ex-presidente Jair Bolsonaro também por lá.

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Os democratas apresentaram no Senado um pedido para que Biden examine o quanto antes a extradição de ex-autoridades brasileiras envolvidas, direta ou indiretamente, no ataque golpista de 8 de janeiro. As informações são da Folha de São Paulo que obteve o texto do pedido liderado pelo senador Bob Menendez, presidente da Comissão de Relações Exteriores.

A redação fala em cerco violento a prédios que foram atacados com base em desinformação alimentada por Bolsonaro. O ex-presidente, antes mesmo do fim melancólico de seu mandato, foi para a Flórida, nos EUA, e ficou por lá. Agora tenta permanecer no país por meio de um pedido de visto de turista que teria validade de mais seis meses.

Bolsonaro teme voltar ao Brasil com o avanço das investigações que o cercam. Por agora ele é investigado por abuso de poder e incitação ao golpe, pelo 8 de janeiro. Com as novas quebras de sigilos, novos processos pedindo sua inelegibilidade podem surgir.

Agora que se tornou ex-presidente, a inexistência de foro privilegiado o preocupa.

Entre os senadores que assinaram o pedido estão Bob Menendez, Bernie Sanders, Tim Kaine, Dick Durbin, Chris Murphy, Jeanne Shaheen, Jeff Merkley, Ben Cardin e Chris Van Hollen, coloca a Folha.

O grupo, no texto, também exorta aos outros senadores e deputados a auxiliarem as investigações brasileiras no caso dos atos golpistas, demonstrando solidariedade à população brasileira. Para os norte-americanos a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, resgatou uma lembrança muito forte, uma vez que passaram por situação similar com a invasão do Capitólio, em 2021.