S&P eleva perspectiva da economia do Brasil para positiva

Ministro Fernando Haddad elogia Congresso e cobra Banco Central para ‘remar junto’ após agência de classificação de risco indicar que pode elevar nota de crédito nacional

Imagem Vermelho com fotos de Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda e Steven Isaacson/CC

A situação econômica do Brasil melhorou rapidamente com o governo Lula. Logo no primeiro semestre da nova gestão a agência de classificação de risco (rating) Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota de crédito brasileira de estável para positiva. A decisão divulgada na quarta-feira (14) demonstra o entendimento de que o país está no rumo certo e pode ter a atual nota de BB- elevada nos próximos dois anos. A nota BB- está três níveis abaixo da primeira nota da categoria considerada grau de investimento, a BBB-, na tabela de risco S&P.

Ter a nota elevada para um grau de investimento de qualidade média, como a BBB-, significa que o país não corre risco de calote da dívida pública.

Na decisão, a S&P reconheceu o atual crescimento Produto Interno Bruto (PIB) e os esforços pelo novo arcabouço fiscal no sentido de diminuir o déficit público e no controle da dívida.

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A agência de risco mantém o Brasil com a atual nota desde 2018. Já a Fitch também classifica o país três níveis abaixo do grau de investimento, diferente da Moody’s que coloca apenas dois.

Entre 2008 e 2014, durante os governos Lula e Dilma, o Brasil esteve na categoria de grau de investimento, sendo de BBB- em 2008, 2009, 2010 e 2014 e de BBB, uma categoria acima, entre 2011 e 2013, pela S&P.

Harmonia

A perspectiva de melhora no rating foi vista pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como resultado da harmonia entre governo, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) e cobrou para que o Banco Central (BC), também se agregue a este grupo.

“Tem muito trabalho pela frente. É só um começo, mas, se mantivermos os ritmos de trabalho das Casas [do Congresso] e do Judiciário, vamos alcançar nossos objetivos. O Brasil tem de voltar a crescer. Penso que a harmonia entre os Poderes tem concorrido para esse resultado, é uma mudança de viés e rota, é muito significativo”, declarou o Haddad.

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“Eu falava de harmonização. Está faltando o Banco Central se somar a esse esforço, mas quero crer que estejamos prestes a ver isso acontecer. Quando estivermos todos alinhados, vamos prosperar”, completou ao mirar a redução da taxa de juros (Selic).

O Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir nos próximos dias 20 e 21 para deliberar se os juros começarão ser reduzidos, como espera o governo e toda a sociedade, ou se o mais alto patamar de juros desde 2017 será mantido em 13,75% ao ano, mesmo com a inflação em queda.

*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho, Murilo da Silva

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