Em meio a uma tempestade bombástica de notícias diárias que apontam um país inviável, em algumas das grandes mídias uma nação destinada ao fracasso, em outras o é desde sempre, vão tecendo um enredo de suspense quando não terrífico sobre o nosso presente, especialmente o futuro.
Há em várias partes do mundo uma confluência de situações que revelam um agravamento dos pactos políticos, institucionais e sociais com claros indicadores de séria inclinação a soluções fascistas, ou melhor, de um fascismo adaptado aos interesses do Mercado, do capital rentista mundial.
A grande mídia hegemônica, em suas poucas variantes, possui um currículo invejável e com raríssimas exceções detém a marca invejável de ter participado de todas as conspirações contra a legalidade constitucional da história contemporânea do país.
Usurpando o conceito utilizado pelo filólogo, escritor italiano de O Nome da Rosa, Umberto Eco, o que estamos presenciando, há décadas e intensificado nos últimos anos, na grande mídia oligárquica, é uma cultura monstruosa.
A declaração final da 7a reunião de cúpula do Brics em Ufá na Rússia, realizada nos dias 8 e 9 de julho, indica avanços substantivos em vários aspectos, tanto nos campos financeiro, comercial, de cooperação científica, tecnológica como geopolítico.
O mote construído, através de doses cavalares, inoculadas na opinião pública por via da grande mídia oligárquica com poderosos tentáculos espalhados pelo mundo, é o do fim das ideologias.
Qualquer pesquisa superficial, não precisa ser intensiva ou qualitativa, revela que os grandes meios de comunicação oligárquicos vêm batendo sistematicamente na tecla que o Estado brasileiro é um mastodonte jurássico, portanto inútil, incompatível com as necessidades básicas do desenvolvimento do país.
Tornou-se um clichê redundante, a fórmula mágica para explicar os múltiplos fenômenos que estão ocorrendo na sociedade de maneira cada vez mais avassaladora, rápidos e intensos: “ora, é a globalização, tudo o que se passa no mundo nos diz respeito, e nos afeta porque estamos conectados em uma sociedade digital”.
Em conversa sobre a conjuntura, um jovem ativista indagou se a saída da atual crise institucional em que vive o país é de natureza econômica ou política.
O anúncio do governo Dilma de investimentos na ordem de R$ 198,4 bilhões de reais em infraestrutura nos setores de portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias é positivo.
Apesar da grande revolução tecnológica ninguém em sã consciência consegue admitir que vivemos uma época de prosperidade civilizacional. Nem mesmo Cândido, o otimista personagem de Voltaire.
Quando observamos o cenário geopolítico global, o que enxergamos é um quadro de grande tragédia, desemprego em massa, diáspora de povos fugindo de genocídios ou massacres através de imensas correntes migratórias cruzando os mares da Europa, Ásia etc.