A luta política sempre é travada sob condições objetivas determinadas o que implica na observação e análise da realidade concreta, para que nela se possa intervir com um considerável nível de clareza e eficácia.
A visão pragmática avassaladora da Nova Ordem Mundial que impõe um asfixiante dia a dia alienante, brutalmente competitivo, onde impera a lei do salve-se quem puder, onde o conhecimento transformou-se em instrumento de feroz concorrência dos indivíduos entre eles mesmos, não só parece com a “lei natural das coisas” como suprime, em boa parte, a consciência social dos indivíduos.
Chama atenção a entrevista do ministro Marco Aurélio Mello do STF sobre a situação nacional (é notório que o referido Ministro não tem simpatias pelo Governo) quando afirma ao sítio Consultor Jurídico “Com 25 anos de Supremo eu nunca tinha visto nada parecido. No Brasil, exceção virou regra: prende-se para depois apurar”.
O que está ocorrendo no País, sob o pretexto de combate à corrupção, é a articulação de movimentos contra três objetivos combinados, definidos: o Estado nacional, a democracia e as maiorias sociais.
Ao contrário do que diz a mídia hegemônica global a crise estrutural do capitalismo continua provocando colossal tsunami econômico, social e humanitário com graves reflexos em todas as nações do planeta.
Em entrevista ao jornalista, escritor colombiano Plinio Mendoza, Gabriel García Márquez, já falecido, revelou a fonte de inspiração para escrever sua obra a um só tempo mágica e realista.
Em artigo publicado no dia 25 de Dezembro passado aventurei-me a achar que há no mundo sinais de aragem renovadora sinalizando que bons ventos começam a soprar para a comunidade humana mas que seria necessária muita luta para que se possa virar essa página terrível que se abateu sobre os povos, os indivíduos, e que nunca deveria ter existido.
O atentado terrorista em Paris contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo que matou 12 pessoas, sendo oito jornalistas, é mais um capítulo sangrento que se soma a centenas de outros espalhados por várias partes do mundo especialmente entre os povos do Oriente Médio.
O ano que se inicia apresenta ao povo brasileiro novos e grandes desafios em relação ao cenário interno tanto quanto ao protagonismo do País na geopolítica mundial.
Nesse espírito de confraternização das festas que anunciam o final de ano, do Natal à virada de 2014 para 2015, algo consegue sobreviver ao desenfreado consumismo implacável, que obriga as pessoas a comprar objetos mais por imposição social, menos pelo desejo de presentear entes queridos.
A decisão dos Estados Unidos de reatarem relações diplomáticas com Cuba, após 53 anos, é um dos principais fatos políticos, diplomáticos das últimas décadas, o início de reparação de uma das maiores injustiças cometidas contra uma nação em todos os tempos.
Em novembro completaram-se 25 anos da queda do Muro de Berlim. Bem mais que uma imagem histórica, esse acontecimento, visto ao vivo no mundo inteiro, marcou o início de um tempo consagrado por pelo menos dois fatores determinantes: a hegemonia absoluta da Nova Ordem mundial e a consolidação em escala global do neoliberalismo como doutrina em nível planetário.