O golpe contra o governo constitucional de João Goulart em 1964 foi resultado de uma complexa articulação de militares, amplos segmentos conservadores das grandes elites brasileiras, empresas multinacionais, desde o segundo mandato de Getúlio Vargas, abortado por seu suicídio em 1954 provocando grande revolta social que varreu as ruas das grandes cidades, em especial o Rio de Janeiro então capital da República, contra as forças retrógadas, antinacionais.
Como todos podem ver, nuvens carregadas estão se acumulando sobre o mundo em todos os continentes, em alguns de maneira dramática, em outros prenunciando a eventualidade de fortes tempestades.
O cenário geopolítico global vem se tornando cada vez mais instável em decorrência de um gigantesco embate entre um mundo unipolar submetido aos ditames do Mercado, da sua guarda pretoriana, os Estados Unidos, seus aliados da OTAN e as nações emergentes sob a liderança dos BRICS, que reivindicam outra realidade internacional multipolar com novos padrões econômicos, novas relações internacionais mais democráticas.
Disse Freud, pai da psicanálise que o contrário da brincadeira não é o sério, mas antes o que é real. E o que se anuncia como real é a possibilidade do estouro de uma nova bolha financeira mundial provocada pelo extraordinário processo de concentração, centralização do capital rentista
A nova ordem mundial, o Mercado financeiro internacional, continuam a impor a sua agenda aos povos mesclando massiva propaganda ideológica, verdadeira lavagem cerebral, com ações intervencionistas bélicas onde considerem que seus interesses estão sendo prejudicados ou em regiões em que se apresentam possibilidades expansionistas.
Enquanto a Ucrânia arde em chamas, a Venezuela sofre ondas de turbulências golpistas, todos assistem à ofensiva dos Estados Unidos, guarda pretoriana do mercado, da governança mundial do capital financeiro global, contra a soberania das nações através de intervenções armadas que se multiplicam pelos continentes.
O criminalista Antônio Carlos Mariz de Oliveira diz que a sociedade brasileira encontra-se enferma em razão dessa onda indiscriminada de patologias de ódio generalizado.
A revelação das conversas do então presidente dos Estados Unidos John Kennedy com o embaixador norte-americano no Brasil Lincoln Gordon em pleno salão oval da Casa Branca confirmou os elementos, as provas do financiamento de uma conspiração contra João Goulart o principal mandatário brasileiro nos idos dos primeiros anos da década de sessenta passada.
Dentre os fenômenos de massas a nível internacional em 2013, início de 2014, grande parte deles gestados pela brutal desordem econômica, social do capital financeiro mundial, um deles se destaca: o surgimento do Papa Francisco como contraponto, liderança crítica ao neoliberalismo em consequência à ditadura global do Mercado somando forças com aqueles que já estavam na luta de resistência.
Segundo a entidade Oxfam International um grupo de 85 pessoas mais ricas do mundo concentra a fortuna equivalente aos 3,5 bilhões dos indivíduos mais pobres do planeta sendo que 1% da população mundial detém a metade da riqueza produzida ou seja, 110 trilhões de dólares.
As variadas manifestações sociais que se apresentam no Brasil, e em quase todo o mundo, que geram tempestades sociais intuitivas sem projetos ou causas, refletem a desordem mundial que se instaurou no planeta nesses últimos vinte anos em que a globalização financeira vem ditando a linha econômica de maneira hegemônica.
Outro dia uma jovem famosa, possivelmente talentosa atriz de novelas de televisão, declarou em um programa que era contra essa história de nos grandes shows dividir os famosos em camarotes de “vipão” e “vipinho” uma espécie de nova hierarquia classificativa das celebridades usada em ambientes festivos.