Já se disse que na atual época em que vivemos onde impera por quase todo planeta o monolítico pensamento único do Mercado, a hegemonia global do capital financeiro, resta aos povos a luta política como um espaço ainda não capturado de todo pelo rentismo internacional.
As maquinações da política externa norte-americana têm sido reveladas pelo ex-agente da NSA agência de espionagem dos Estados Unidos, Edward Snowden, através de fartas denúncias sobre escutas, grampeamentos de lideranças políticas, além dos cidadãos comuns, empresas estratégicas das nações na busca de informações que garantam os interesses imperiais, chauvinistas, da maior potência do planeta.
Nas últimas décadas o mando do capital financeiro fez-se avassalador, associado ao poder imperial unilateral dos Estados Unidos, impondo aos povos uma economia desastrosa pródiga em catástrofes de todas as maneiras onde as mais emblemáticas são a tragédia econômica-social que assola as nações europeias e a fome endêmica que atinge um terço da população do continente africano.
A Nova Ordem Mundial determinou de maneira hegemônica, nas últimas três décadas, um modelo de civilização cuja primazia é a realização das vontades irrefreáveis do capital global acima do direito internacional, rasgando-o quando tem sido necessário.
Foram a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margareth Thatcher, e Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos, ator de quinta categoria do cinema americano, que deram início ao período neoliberal válido para quase todos os Países iniciando uma época dramática para a humanidade.
Quando a primeira-ministra da Grã-Bretanha Margaret Thatcher entronizou o neoliberalismo pelo mundo, ao lado de Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos, invocando frases como: “não existe sociedade o que existe são os indivíduos e o Mercado”, a humanidade não tinha noção do que esperava em termos de catástrofes econômicas, sociais, militares nas décadas vindouras.
O esfacelamento da antiga União Soviética criou as condições objetivas de nova expansão capitalista a nível mundial, que avançou sobre novos territórios, ao tempo em que os Estados Unidos consagravam-se como a grande potência imperial global incontestável, além da entronização do neoliberalismo como doutrina e dogma no centro das decisões econômicas internacionais.
Em seu livro Formação do Império Americano publicado em 2009 o historiador, cientista político Moniz Bandeira narra as opiniões dos senadores Gary Hart, Democrata e Warren Rudman, Republicano, em 1999, ambos presidentes da Comissão Nacional para a Segurança/século 21 norte-americana, que os Estados Unidos continuariam como a principal força econômica, política, cultural do mundo, manteriam o domínio militar, pelo menos durante os próximos 25 anos.
A agenda global continua fomentando uma parafernália de movimentos e clichês na igual proporção em que agrava-se a crise estrutural capitalista, o declínio da outrora sociedade “maravilha curativa” onde o fim da História era anunciado para gáudio dos profetas do neoliberalismo incentivados pelo capital financeiro internacional
As consequências de um tipo de civilização extremamente autoritária imposta à humanidade, concentradora, que atende aos interesses exclusivos do grande capital internacional continuam a desnudar os intensos sinais de fadiga, vários impasses que se estabelecem por todos os lados.
Há dois grandes fenômenos mundiais que estão sacudindo a realidade em que vivem os povos em todas as latitudes, cujas consequências deverão alterar o atual contexto geopolítico planetário.
Em 1997 o Senado Federal resolveu publicar um livro sobre o que proeminentes figuras nacionais pensavam como seria o novo milênio especialmente o século 21 e a esse esforço de futurologia denominou “O livro das profecias”.